A greve na educação no estado de Mato Grosso dura mais de 40 dias. A categoria teve o ponto cortado pelo governo e declarou que não tem como atender as demandas cobradas pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep).
Em protesto, a categoria bloqueou a entrada da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz-MT), também em protesto foi bloqueado por aproximadamente 40 minutos a BR-364, no km 393, perímetro urbano de Cuiabá/MT.
Algumas reuniões foram feitas, porém todas sem acordo, uma das últimas foi com o vice-governador Otaviano Pivetta que se mostrou preocupado com o impasse e se comprometeu a buscar diálogo com o governador, para a construção de resposta para a categoria.
Na sexta-feira (5) o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep) emitiu uma nota de esclarecimento a sociedade matogrossense.
Confira abaixo:
O SINTEP/MT – Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso
Vem a público esclarecer que:
1 – A GREVE CONTINUA porque o governo Mauro Mendes se recusa a negociar com os trabalhadores e trabalhadoras da educação;
2 – A GREVE CONTINUA porque o governo Mauro Mendes NÃO ATENDE as Leis que garantem o DIREITO DOS TRABALHADORES e DAS TRABALHADORAS da educação e insiste em cumprir a parte da Lei que é conveniente a seus interesses;
3 – A GREVE CONTINUA porque Secretariado do governo Mauro Mendes, AFIRMOU em reunião com o SINTEP-MT que houve AUMENTO NA ARRECADAÇÃO ORÇAMENTÁRIA do estado nos primeiros quatro meses do ano, que superam valores previstos para serem arrecadados durante esses meses e o governo continua com o discurso de que não tem dinheiro;
4 – A GREVE CONTINUA porque o governo MENTE ao afirmar que ocupamos a pior colocação no IDEB. Mato Grosso superou as EXPECTATIVAS e METAS a serem atingidas pelos anos iniciais e pelos anos finais;
5 – A GREVE CONTINUA porque o governo acredita que “Gasta” muito com a Educação Pública, mas, ao mesmo tempo DEIXA DE ARRECADAR R$ 3,4 BILHÕES com as ISENÇÕES e RENÚNCIAS FISCAIS;
6 – A GREVE CONTINUA porque o RECURSO DESTINADO À EDUCAÇÃO PÚBLICA DEVERIA SER 27% dos Impostos que Financiam a Educação, inclusive da renúncia e isenção fiscal, mas o governo NÃO APLICA. Por isso, estamos com MAIS de 400 ESCOLAS em SITUAÇÕES PRECÁRIAS colocando em risco a vida dos/as nossos/as estudantes e dos/as profissionais da educação;
7 – A GREVE CONTINUA PORQUE o governo insiste em não pagar a DOBRA do PODER de COMPRA (Lei nº 510/2013), CORTA o PONTO dos profissionais da educação, deixando-os sem salário, mesmo sabendo do compromisso histórico da categoria em realizar a REPOSIÇÃO DAS AULAS, conforme calendário aprovado pela comunidade escolar.
GOVERNO MAURO MENDES – NÃO TEM COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO E COM O POVO.