Um novo relatório da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) traz dados alarmantes sobre a situação das terras indígenas em Mato Grosso.
De acordo com o estudo “Amazônia à Beira do Colapso”, o estado concentra 7 dos 10 territórios indígenas brasileiros com o maior número de focos de calor registrados em agosto.
A seca extrema, que assola a região há dois anos, é apontada como a principal causa do aumento drástico dos incêndios.
Terrenos como Utiariti, que registrou 627 focos de calor, e Parabubure, com 423, lideram a lista dos mais atingidos. A soma dos focos de calor nesses sete territórios mato-grossenses chega a impressionantes 2.355 em apenas um mês.
Aumento exponencial em Mato Grosso
A situação é ainda mais grave quando se analisam os dados acumulados de janeiro a agosto. Neste período, quatro territórios mato-grossenses – Paresi, Utiariti, Parabubure e Areões – estão entre os dez com mais focos de calor do país.
O que mais chama a atenção é o aumento exponencial dos incêndios em Areões e Parabubure, que registraram um crescimento de 562% e 340%, respectivamente, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Ameaça aos povos indígenas
A intensificação dos incêndios representa uma grave ameaça aos povos indígenas de Mato Grosso. Além de destruir habitats e fontes de alimento, o fogo compromete a qualidade do ar e aumenta o risco de doenças respiratórias. As comunidades tradicionais, que dependem diretamente dos recursos naturais para sua subsistência, são as mais afetadas por essa crise ambiental.
Alerta para o colapso da Amazônia
O relatório da Coiab serve como um alerta para a gravidade da situação na Amazônia. A seca extrema, combinada com a ação humana, está levando a região a um ponto de não retorno. É urgente que sejam tomadas medidas para combater os incêndios, proteger as florestas e garantir os direitos dos povos indígenas.