Mato Grosso avalia baixo impacto de tarifa dos EUA e prioriza novos mercados

A busca por novos mercados é uma prioridade do governo, que visa abrir portas para destinos mais exigentes, como Japão, Coreia e União Europeia.

Fonte: CENÁRIOMT

Mato Grosso avalia baixo impacto de tarifa dos EUA e prioriza novos mercados
Mato Grosso avalia baixo impacto de tarifa dos EUA e prioriza novos mercados

Mato Grosso deve ser um dos estados brasileiros menos afetados pelo “tarifaço” de 50% imposto pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros. A avaliação é do secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, que destacou a baixa dependência do estado do mercado norte-americano, que absorve apenas 1,5% de suas exportações.

Em entrevista, Miranda explicou que alguns produtos como madeira e ouro, além de subprodutos da carne, podem ser mais atingidos. No entanto, o principal motor econômico do estado, a carne bovina, destina apenas 7% de sua produção ao mercado dos EUA. A economia mato-grossense mantém seus principais parceiros comerciais em países da Ásia e do Oriente Médio.

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A busca por novos mercados é uma prioridade do governo, que visa abrir portas para destinos mais exigentes, como Japão, Coreia e União Europeia. Essa estratégia é reforçada pelo status sanitário do estado, que está livre da febre aftosa sem vacinação, além de seu compromisso com a produção sustentável. Segundo Miranda, o estado preserva 60% do seu território e aplica uma legislação ambiental rigorosa.

Para fortalecer essa imagem, o governo de Mato Grosso está avançando com um projeto de lei que prevê a rastreabilidade completa da carne, do nascimento ao abate. A estratégia de expansão já rendeu resultados em 2025, com a abertura de três novos destinos de exportação, incluindo o México, elevando o total de parceiros para 77. Para impulsionar a atração de investimentos e a promoção comercial, o estado está lançando a agência “Invest Mato Grosso”.

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O secretário também ressaltou o esforço para agregar valor às commodities, uma meta do governador Mauro Mendes.

Atualmente, cerca de 40% do milho produzido no estado já é processado para a produção de etanol. Além disso, o governo avança na implantação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Cáceres, que terá acesso estratégico pelo Rio Paraguai.

Miranda concluiu que, diante de um cenário global de rearranjos comerciais, o desafio do estado é manter a eficiência e a competitividade, conquistando novos clientes e mostrando ao mundo que Mato Grosso produz com responsabilidade ambiental e alta qualidade.

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Graduada em Jornalismo pela Faculdade La Salle em Lucas do Rio Verde (MT), atuou como estagiária na Secretaria Municipal de Educação. Desde 2010 trabalha na redação e, atualmente, é repórter e redatora do CenárioMT nas editorias Mundo, Mato Grosso e Cidadania. Para dúvidas, correções ou sugestões de pauta, entre em contato: [email protected]