Após investigações, a Polícia Federal (PF) apontou um mato-grossense do município de Comodoro (644 km de Cuiabá) sendo o responsável pelo plano de explodir uma bomba em um caminhão de combustível, perto do aeroporto de Brasília.
A bomba chegou a ser acionada, mas só não explodiu por um erro técnico, o motorista do caminhão acabou encontrando a bomba e chamado a polícia.
É o que aponta uma reportagem feita pelo programa Fantástico, da Rede Globo, exibida na noite de ontem, domingo (15). A mãe contou que seu filho foi para o acampamento no quartel-general, no Distrito Federal, por estar desempregado.
Ele está foragido e se tornou réu pelo crime de explosão, quando se expõe “a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e aceita pelo juiz Osvaldo Tovani, da Oitava Vara Criminal de Brasília.
Ele também é investigado pelos atos de vandalismo realizados por manifestantes bolsonaristas no Distrito Federal, nas proximidades da sede da Polícia Federal, quando um grupo tentou invadir o prédio da instituição, no dia 12 de dezembro. A mãe dele lamentou a ida dele a Brasília.
“Ele estava desempregado, por isso que ele foi para lá. Não sei com quem ele foi”, afirmou.
As investigações apontaram ainda que um outro atentado estava sendo planejado, e que destruiria torres de energia. Um homem que foi preso, reconheceu o mto-grossense como sendo um dos organizadores das ações violentas em Brasília. O detido relatou ainda que o mato-grossense era um dos que mais incentivava atos radicais, argumentando que os manifestantes deveriam fazer barulho e chamar atenção com medidas extremas, como até mesmo incêndios.
De acordo com a Polícia Civil, o trio que tinha o mato-grossense como um dos envolvidos chegou a tentar detonar a bomba em um caminhão de combustíveis, mas um erro técnico fez com que o dispositivo não fosse acionado.
Segundo a denúncia, o trio foi quem montou o artefato. Ainda segundo o MPDFT, a Polícia Civil afirma que horas após a identificação do explosivo, eles se falaram por uma ligação de aplicativo de mensagens e trocaram imagens do explosivo. Foi possível identificar que um carro também circulou pelos arredores do aeroporto no dia. O motorista do caminhão localizou o explosivo, que foi depois detonado pela polícia, sem que ninguém saísse ferido.
O crime tipificado é o de explosão, quando o criminosos expõe “a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa.