Apesar de um orçamento robusto de mais de R$ 2,1 bilhões em 2023, a cidade de Rondonópolis, sob a gestão do prefeito Zé do Pátio (PSB), enfrenta desafios significativos em sua cobertura vacinal, ficando abaixo das expectativas do Ministério da Saúde, especialmente quando comparada a outros polos regionais.
Segundo dados disponíveis no site do Ministério da Saúde, alimentados pelo próprio município, Rondonópolis apresentou uma cobertura vacinal de apenas 63% em 2022, o que coloca a cidade em posição desvantajosa em relação a outras localidades. Em comparação, Primavera do Leste registrou uma eficiência de 86% nas campanhas de vacinação do ano passado, com destaque para imunização contra a Influenza, multivacinação em crianças e adolescentes, sarampo e poliomielite.
Enquanto Sorriso e Sinop alcançaram taxas de 90% e 87%, respectivamente, Lucas do Rio Verde atingiu uma expressiva marca de 85%. A discrepância na eficiência é atribuída ao desenho de cobertura adotado em cada localidade, sendo que nas cidades mencionadas, 100% da população conta com uma unidade de saúde próxima, ao contrário de Rondonópolis, onde apenas 84% da população possui essa proximidade.
Essa situação limita a abrangência da busca ativa e atendimento à população, uma vez que cada equipe de Saúde da Família (ESF) em Rondonópolis é responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, em desacordo com a média recomendada pelo Ministério da Saúde, que é de 3.000, respeitando critérios de equidade.
Cobertura Vacinal
A cobertura vacinal é um indicador que estima a proporção da população-alvo vacinada. Para o cálculo, utiliza-se o total de últimas doses do esquema da vacina de interesse, no numerador, dividido pela estimativa da população alvo, no denominador, multiplicado por 100.
Para a população de menores de um ano e de um ano o denominador é extraído do Sinasc (Sistema de Nascidos Vivos).
A meta de CV é de 80% para a vacina contra o HPV, 90% para as vacinas BCG e Rotavírus e 95% para as demais vacinas.