A Defesa Civil aplicou mais de R$ 1 milhão em multas por queimadas urbanas nas últimas duas semanas em Cuiabá.
De acordo com José Pedro Zanetti, coordenador da Defesa Civil, as queimadas estão por toda a cidade e existe apenas uma equipe de bombeiros civis para atender toda a demanda.
“Nós iniciamos os atendimentos, precariamente, com uma equipe apenas, há uns dez dias. Estão acontecendo incêndios em praticamente toda a cidade. Atendemos média de 28 casos, dois casos por dia. É o que conseguimos atender”, explica.
O coordenador também afirma que a Secretaria de Ordem Pública do município está viabilizando mais cinco equipe para atuar na área urbana. A expectativa é que essas equipes já estejam atendendo até a próxima segunda-feira (3).
“Essa preparação para as queimadas é um trabalho é feito todo ano desde janeiro. No entanto, este ano houve um atraso. Estamos trabalhando para recuperar esse atraso”, explica.
As queimadas em áreas urbanas são proibidas durante todo o ano, no entanto, este período de seca é quando a ocorrência delas aumenta.
“A população tem o costume de queimar o mato seco, as folhas secas no quintal. Nesta época, essas queimadas menores fogem do controle”, afirma Zanetti.
A multa aplicada pelo município para quem causa queimadas em terrenos na área urbana em Cuiabá é a partir de R$ 950. Este é o valor para terrenos de até 500 m².
Já em terrenos com tamanho maior que 1.000 m², a multa é de R$ 2 mil, com o acréscimo de R$ 1.300 mil a cada mil metros a mais.
O coordenador explica que a umidade relativa do ar em níveis críticos como os que enfrentamos nos últimos dias é extremamente prejudicial à saúde.
“A fumaça da queimada provoca muito problemas respiratórios. Temos o agravante, neste ano, que é a pandemia. Com pandemia, quem estiver com problemas respiratórios por causa da fumaça, será atendido nas mesmas unidades que estão sendo atendidos os pacientes com covid. E isso aumenta o risco de transmissão”, afirma.
A umidade relativa do ar deve chegar a 15% nos próximos três dias. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), índices inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana. O índice menor que 21% já entra em estado de alerta.