Um total de 652 médicos formados no exterior aguardam a revalidação do diploma pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e reclamam que a universidade alterou as regras do edital com o processo em andamento. Os profissionais deram entrada no processo de revalidação, em 2017 e aguardam o certificado para exercer a profissão no estado.
A assessoria de imprensa da UFMT informou que segue as leis brasileiras que regem o processo de revalidação de diplomas no país.
No edital do processo realizado em 2017 constam três fases. A primeira é a entrega de documentos; a segunda é uma prova e teórica e prática e, caso o médico não atinja a pontuação necessária, é encaminhado para a terceira fase, que é um curso de complementação em uma instituição privada, conveniada com a UFMT, com a duração de um ano.
Durante o curso, os estudantes passam por várias provas. Depois de todo o processo, o candidato precisa se submeter a outra prova de revalidação.
Entretanto, no edital de 2018, foi acrescentada uma quarta fase. Assim, é preciso que os candidatos estejam atentos para não confundir as diretrizes de cada um deles.
“A UFMT é uma instituição criteriosa com esses médicos, para que eles possam ter excelência na profissão. Após todos os processos de verificação, se forem aprovados, terão o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM)”, explicou a diretora do curso de medicina da UFMT, Bianca Borsatto Galera.
O estudante Gediel Cândido da Silva, de Alto Boa Vista, a 1.064 km de Cuiabá, se formou em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e fez um curso de complementação de 2.250 horas e passou.
Gediel afirmou que já recebeu propostas de trabalho em Luciara e São Félix do Araguaia, a 1.180 km e 1.159 km de Cuiabá, mas não pôde aceitar, pois o diploma dele ainda não foi revalidado.