Dados divulgados pelo Instituto Centro Vida (ICV), nesta quinta-feira (29), apontam que em nos últimos nove dias, 2.036 novos focos de calor foram registrados no estado. Dessa forma, subiu para 15.718 o total acumulado de focos de calor de janeiro a agosto, em Mato Grosso.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento é de 90%. Colniza é o município com maior número de focos e responde 10% do total registrado no estado, com 1382 registros.
Em segundo lugar está Aripuanã, com 574 focos de calor registrados desde o início deste ano.
A maior parte dos focos é registrada em propriedades rurais cadastradas. Nelas, foram 45% dos registros. Segundo o ICV, isso não quer dizer que sejam focos intencionais, mas os dados incluem os focos acidentais.
Ainda de acordo com o instituto, o número de focos de calor em terras indígenas é preocupante. A mais afetada é a Terra Indígena Paresi, com 338 focos, seguida pela TI Pimentel Barbosa, com 289.
Na comunidade Parabubure foram 267, no Parque Indígena do Xingu, 251, e Areões e Maraiwatsede, cada uma com 199 focos de calor acumulados desde janeiro.
Com relação às unidades de conservação, as cinco mais afetadas são o Parque Estadual Serra de Ricardo Franco, em Barra do Garças, o Parque Estadual Serra de Santa Bárbara, em Pontes e Lacerda, o Parque Estadual do Araguaia, a Estação Ecológica do Rio Roosevelt e o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.
Amazônia segue sendo o bioma mais atingido, com 63% do total de focos do ano. Somente no período de proibição, iniciado em 15 de julho, Mato Grosso acumula 8.268 focos de calor na área que envolve o bioma.