Nesta quinta-feira, 19 de agosto, é comemorado o Dia Nacional da Aviação Agrícola. No dia 19 de agosto de 1947, na cidade de Pelotas (RS) aconteceu a primeira operação aeroagrícola no Brasil. A partir de então, a aviação agrícola começou a dar seus primeiros passos no importante processo de produção de alimentos.
Para comemorar essa data tão importante, a Aviação Agrícola em Mato Grosso tomou a iniciativa de homenagear a Juíza Emanuelle Chiaradia Navarro.
A magistrada atua na Comarca do município de Sorriso-MT e é uma importante incentivadora do uso das aeronaves utilizadas na agricultura da região, para o desenvolvimento de ações que possam beneficiar a comunidade como um todo.
Entre as ações de incentivo, Drª. Emanuelle apoia o uso dos aviões, por exemplo, no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como: dengue, zika e chikungunya, febre amarela, entre outras.
Representando a Aviação Agrícola, o Comandante Antônio Carlos e a Comandante Maria Santos, realizaram a entrega de um buquê de flores e uma placa de agradecimento à magistrada, por acreditar que é possível utilizar as aeronaves quando os índices de proliferação do mosquito estiver em níveis alarmantes.
“A Aviação Agrícola não deve ser lembrada somente quando é hora de passar os defensivos nas lavouras. Tem muito mais coisas que podem ser feitas com a Aviação Agrícola. É comum em nossa região o uso da aviação e que pode ser utilizado para este fim, chamando a atenção para os outros Estados”, comentou a Magistrada.
A Comandante Maria Santos lembrou que as aeronaves são empregadas nas lavouras, cerca de quatro meses durante o ano. Nos demais períodos podem ser utilizados em ações que promovam o bem-estar da população.
“O que queremos é que a Aviação Agrícola seja vista por todos como uma ferramenta que pode fazer a diferença no combate ao mosquito Aedes Aegypti. Tem aeronaves que são usadas de três a quatro meses ao ano e podem ser usadas para somar. Devemos trabalhar com a prevenção, pois o gasto que se tem hoje para a cura dessas doenças é elevado no Brasil e todo esse recurso pode ser investido em outras áreas carentes da nossa sociedade”, frisou a piloto.
Mais do que prevenir doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, a Aviação Agrícola, estará salvando vidas, complementou o Comandante Antônio Carlos.
“Uma vida não tem preço. Para um pai ou mãe ter um filho com microcefalia, por exemplo, é uma dor que não passa nunca, pois você não pode resolver o problema”, argumento.
Em 2019, quando os índices de contaminação de dengue chegaram a mais de 600% no Brasil, o Supremo Tribunal Federal – STF – derrubou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) 5.592, da Procuradoria Geral da República (PGR) contra a parte da Lei 13.301/2016 que inclui a pulverização aérea nas estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti (artigo 1º, § 3º, inciso IV).
“A Lei 13.301/2016 dispõe sobre a adoção de medidas de Vigilância em Saúde quando verificada situação de eminente perigo à saúde pública pela presença do mosquito transmissor do vírus da Dengue, Chikungunya e do vírus da Zika”.
Para a pulverização, os aviadores irão utilizar produtos capazes de matar somente o mosquito Aedes Aegypti, que não causarão danos a outros animais, plantas ou para o Ser Humano. Com capacidade de pulverizar até 400 quadras por hora, um avião agrícola poderia em duas horas, por exemplo, sobrevoar uma cidade de 80 mil habitantes atingido locais de difícil acesso para o controle e extermínio de criadouros do mosquito.
“Isso poderá ser feito com todo controle, com muita responsabilidade e não trará risco ao meio ambiente, tão somente haverá o cuidado com a vida. A Aviação Agrícola pode oferecer muitos benefícios à população”, acrescentou a Comandante Maria Santos.
“Eu fico grata com a homenagem e com as lembranças. Isso aumenta minha responsabilidade social”, finalizou a Juíza Emanuelle Chiaradia Navarro.