As desembargadoras Maria Erotides Kneip e Maria Aparecida Ribeiro participaram de evento sobre violência domestica em Lucas do Rio Verde nesta sexta-feira (26). A atividade, promovida pela Secretaria de Assistência Social, faz parte dos 21 dias de ativismo de combate a violência contra mulher.
Maria Erotides lembrou que o Tribunal de Justiça está realizando uma agenda dos 16 dias de ativismo iniciada ontem, no dia da internacional da não violência contra a mulher. Ela observou que o município está saindo à frente em relação às discussões que precisam ser feitas.
“Nós completamos no dia 31 de outubro, 78 crimes de morte de mulheres, feminicídios confirmados. 38 feminicídios no estado de Mato Grosso. Doze mil medidas protetivas expedidas. Então nós temos que discutir”, destacou a desembargadora.
“A sociedade precisa chegar a um consenso de que a violência mulher é uma violação de direitos humanos e nós magistrados, que juramos defender os direitos humanos, precisamos estar junto com a sociedade discutindo”, acrescentou.
Conscientizar
Vice-presidente do TJ-MT, a desembargadora Maria Aparecida defendeu a ampliação dos debates para conscientizar a população acerca do problema envolvendo a violência doméstica.
“Nós estarmos sempre em discussão, sempre orientando, sempre buscando alternativas pra melhoria e também em defesa da mulher que é vítima de violência”, defendeu.
A desembargadora analisou que a realidade local, em relação a violência contra mulher, não é diferente de outras cidades mato-grossenses ou do restante do país. “Então através desses projetos, dessas discussões, nós conseguimos levar orientação, principalmente àquelas mulheres que são menos esclarecidas, pra que haja uma conscientização em relação à mulher vítima de violência”, pontuou.
“As desembargadoras com certeza vão só acrescentar informações e fomentar o debate na prevenção contra a violência à mulher”, ressaltou a juíza Melissa de Lima Araújo.
21 dias de ativismo
De o início dos 21 dias de ativismo, várias ações foram desenvolvidas pelo município para ampliar as discussões em relação a violência contra mulher. Ontem, por exemplo, foi realizado um pit stop no centro da cidade, com panfletagem sobre o assunto. Outra ação é a implementação do projeto ‘É preciso falar’, por meio do CREAS, que visita empresas e leva informações aos homens.
“Por isso existe a rede de enfrentamento, não pode ser uma ação pontual, mas uma ação contínua buscando os resultados que esperamos. A nossa rede contempla muitas pessoas e nós estamos fazendo um trabalho assíduo para que a sociedade em geral possa cada vez mais participar”, informou a secretária de Assistência Social, Janice Ribeiro.