Vereador sugere substituir quebra-molas por lombadas eletrônicas em Lucas do Rio Verde

Daltro Figur afirma que quebra-molas mais prejudica que beneficia as pessoas no dia a dia

Fonte: CenárioMT

quebra molas

O vereador Daltro Figur, vice-presidente da Câmara de Lucas do Rio Verde, sugeriu ontem (06) a substituição de quebra-molas por lombadas eletrônicas. Ele apresentou indicação direcionada ao Executivo Municipal justificando seu pedido.

Conforme Figur, os quebra-molas prejudicam todos os usuários do trânsito, enquanto as lombadas eletrônicas punirão somente aqueles que descumprirem a legislação. “O quebra-molas pune a todos. O cara andando certo ou errado, ele tem que estar pulando aquele quebra-molas. Nós vemos, nos preocupamos tanto com um buraco na cidade e o quebra-molas não é nada mais do que um buraco invertido”, disse.

Para o vereador, nem sempre esse tipo de redutor de velocidade representa segurança no dia a dia. Daltro citou o caso de uma pessoa que, há cerca de 15 dias, foi atropelada quando atravessava uma faixa elevada. “Não significou nada (o quebra-molas) porque o cara que quer andar em alta velocidade, ele vai andar em todos os lugares. O quebra-molas para quem não tem juízo, tanto faz”, lamentou.

Em relação à lombada eletrônica, Daltro Figur acredita ser um dispositivo que pune somente o infrator. Ele revelou ter recebido três multas por excesso de velocidade. Ele reconhece que foi descuido pessoal ao trafegar pela via, mesmo sabendo da presença do dispositivo eletrônico. “Não é fábrica de multas. Eu queria que não tivesse nenhuma multa. Agora não dá para um motoqueiro, por exemplo, ter 80 multas por excesso de velocidade em ano numa cidade que nem a nossa e todo mundo tem que estar pulando quebra-molas”, assinalou o vereador, acrescentando que a substituição deva ser gradual, em razão das prioridades do poder público.

Daltro chegou a sugerir inserir na Lei Orçamentária Anual, que está em discussão na Casa de Leis e deverá ser votada nos próximos dias. A ideia é incluir a aquisição de novos equipamentos. “Essas lombadas eletrônicas por si só se pagam”.

Dificuldade para ambulâncias e transporte coletivo

Ao falar, na Tribuna da Câmara, o vereador usou como exemplo as dificuldades encaradas diariamente por ambulâncias e pelo transporte coletivo. Daltro cita que há vias que contam com quebra-molas em sequência onerando a empresa de ônibus que opera no município e provocando desconforto em pacientes atendidos por ambulâncias e pelas viaturas de resgate do Corpo de Bombeiros.

“Só sabe o dano que causa um quebra-molas quando a pessoa depender de andar numa ambulância ou num coletivo, num ônibus público. Para nós, que andamos no nosso carro confortável, tudo é fácil, você passa um quebra-molas, dá uma balançada, vai embora. Agora, se coloque dentro de um ônibus e eu participei do resgate de pessoas que têm que andar dentro de uma ambulância quando precisa passar um quebra-molas para saber o significado que é isso”, pontua.

Daltro reconhece que sua proposta é polêmica, mas espera ter apoio do poder público para avaliar a indicação. Ele também quer contar com apoio de outros vereadores, mesmo tendo sido comum a indicação de implantação de faixas elevadas ou quebra-molas.

“(A implantação de mais quebra-molas) vai acabar com a cidade. Isso é tudo custo para o transporte público. Você pode ter certeza, a hora que novo edital de concessão sair haverá muitos questionamentos sobre a grande quantidade de lombada que nós temos”, ressaltou.

Por fim, Daltro acredita que devem ser mantidas faixas elevadas em locais de grande circulação de pessoas, como escolas, igrejas e supermercados. “Ela ajuda, mas não impede a gente por ali também uma lombada eletrônica para punir realmente que algumas pessoas de carro, de moto e para eles tanto faz a lombada, o quebra-molas, eles vão passando direto. Não dá prejuízo nenhum para eles”, comentou o vereador, esperando que o Poder Executivo a indicação apresentada.

Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso.