A construção do muro em torno da futura sede do 13º Batalhão da Polícia Militar, em Lucas do Rio Verde, foi tema de pronunciamentos na Câmara de Vereadores esta semana. Embora não mencionado diretamente, a polêmica fica em relação ao valor da obra, estimada em pouco menos de R$ 500 mil.
Um dos vereadores a mencionar o tema foi Márcio Albieri. Ele disse que estaria apurando informações a respeito do edital da obra, a metragem, e faria uma visita ao local. “A gente vai dar uma olhada à risca pra gente se posicionar na próxima sessão”, citou.
Albieri relembrou a polêmica construção de um conjunto de banheiros no Parque de Exposições Roberto Munaretto. Na ocasião, o valor da obra (cerca de R$ 500 mil) deu margem a muitos comentários, obrigando a gestão Luiz Binotti a fazer esclarecimentos junto à imprensa. “Mas o marketing do mal, os mentirosos de plantão, fizeram todo aquele estardalhaço”, reclamou o vereador, citando que o conjunto de sanitários foi um beneficio à comunidade, pois vem sendo utilizado nos vários eventos realizados no local.
Obra diferenciada
Líder do Executivo, a vereadora Sandra Barzotto mencionou que o valor mencionado na placa (R$ 479.065,89) está correto. Ela lembrou que a construção do muro não estava prevista na construção da sede do 13º BPM. “É um muro de 882m² e não é um simples muro, até pelo terreno em que ele está localizado. É um terreno desfavorável, as características do solo são bem ruins. Então, é necessário a execução de várias obras, além da execução do gradil, alvenaria que necessita”, detalhou a vereadora.
Ainda em razão do terreno íngreme, próximo a uma área verde, precisa de cuidados específicos. “É um muro alto, então precisa da instalação da fundação e da estrutura do muro com vigas, com estacas, com blocos, com coroamento”, acrescentou Sandra.
A vereadora disse ainda que o valor do gradil com alvenaria fica R$ 137 mil. Também foram implantados dois portões grandes com custo de R$ 37 mil. Em relação à fundação, dos blocos e estacas custaram R$ 43 mil. Sandra mencionou ainda que houve a necessidade de estrutura das vigas inferiores, em razão da altura do muro, custando R$ 98 mil. Já a execução da alvenaria com reboco foi estipulada em R$ 116 mil.
“Os valores estão todos corretos. E com certeza, a fiscalização deve ser feita. Está lá pra quem quiser ver”, ressaltou, afirmando que os valores estão dentro da tabela Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) usada como referência.
O presidente da Câmara também se pronunciou a respeito. Daltro Figur afirmou que a placa foi afixada desde o início da obra, em agosto. Ele disse ter acompanhado o processo de licitação. “E aí fala: ‘ah, meio milhão’. Olha quantos metros foram. Esse é o nosso trabalho, não é fazer barulho, fazer tempestade em copo d’água”, apontou.
