Em uma manhã de sábado (28), logo se via a movimentação dos alunos de pedagogia da Unemat na Universidade Aberta do Brasil (UAB), polo Lucas do Rio Verde. As aulas presenciais retornaram, após um longo período de atividades remotas, devido à pandemia da Covid-19.
Para a estudante Marília Nobres de Lima Maciel, os encontros em sala de aula faziam falta. “As aulas presenciais têm seu ponto positivo, pois temos o contato com a turma, com a equipe e o professor. Mas, o fato de estudar e participar das aulas dentro de casa, nos deixou acostumados a não querer sair, o que faz a nossa volta à sala de aula ser uma questão de nova adaptação”, explica Marília.
Bruno Bazilio de Lima é um acadêmico que iniciou o curso durante a pandemia. A experiência de estudar em sala de aula está sendo somente agora. “Iniciei a faculdade na pandemia, o que fez com que não houvesse encontro presencial até o final do primeiro ano. Com a diminuição dos casos de Covid-19, estamos agora no retorno aos encontros periódicos. Pelo lado pedagógico sabemos que é o melhor, pois o curso totalmente a distância perderia qualidade, porém nesse momento temos um rearranjo complicado onde as pessoas têm que se organizar para conseguir seguir no curso com uma rotina mais puxada. Também temos casos como o meu, que reside em Alta Floresta, e que, embora Lucas seja o polo mais próximo, ainda é muito longe para vir sempre. Terei que buscar auxílios estudantis para tentar seguir no curso ou tentar a transferência para outra instituição mais próxima da minha cidade, a qual não tem ainda nenhum curso público a distância”, detalha o aluno.
As aulas presenciais no polo da UAB Lucas do Rio Verde são para os cursos de pedagogia e licenciatura em história, além de três pós-graduações.
Juliana Gonçalves de Souza França, professora pedagoga efetiva e coordenadora do polo, vê com bons olhos o retorno das atividades presenciais. “Os desafios foram enormes durante a pandemia, pois as mudanças de projetos precisaram acontecer da noite para o dia. Agora, retomar esses alunos que já estão há um ano e meio estudando de suas casas, será um desafio muito grande, pois há um movimento de resistência dessas atividades presenciais. Mas vejo que o ser humano se adapta e, para as discussões acadêmicas, o presencial é muito necessário para o progresso da educação”, avalia Juliana.
