Tornar a cidade cada vez mais colaborativa e com crescimento organizado são alguns dos desafios da Secretaria de Planejamento e Cidade. Servidores da pasta realizaram, na última semana, a rota de linhas do transporte coletivo de Lucas do Rio Verde para verificar de perto quais são as melhorias necessárias e como tem sido a experiência do usuário.
A equipe realizou o trajeto das principais linhas de ônibus da cidade, são elas: 400, 500 e 600, para levantar dados e identificar como aprimorar a integração desse transporte, inclusive com outros modais. Participaram do estudo os analistas Luiz Antônio Fortunato e Welder Maciel, junto aos arquitetos e urbanistas Danilo Messias e Isabela Godoy.
De acordo com a secretaria, o formato dos trabalhos realizados se desenvolve da junção da análise de indicadores e do levantamento in loco, assim como foi feito na avaliação das cicloestruturas viárias da cidade recentemente, que devem passar por revitalização ainda nesse ano.
Os urbanistas explicam que, para propor melhorias urbanas, se deve atrelar os conhecimentos teóricos com a experiência pela ótica dos usuários dos equipamentos e transportes públicos, sendo este um princípio do urbanismo, também chamado de “viver a cidade”.
Para a servidora Isabela Godoy, especialista em desenvolvimento urbano, o intuito é aprimorar o uso dos espaços do município luverdense, considerando que as vias são um dos recursos mais importantes em uma cidade.
“É essencial existir uma distribuição igualitária do espaço público utilizado, sobretudo por pedestres, ciclistas e pelo transporte público. O arquiteto Jan Gehl preconiza que as cidades podem ser melhores, se pensadas para aqueles que as criaram, as pessoas, sendo essencial a promoção de integração das políticas públicas de transporte para desenvolver uma cidade mais inclusiva e acessível”, disse a arquiteta Isabela.
“Podemos alcançar mais igualdade se o transporte público se tornar acessível e eficiente, expandindo, por exemplo, a cobertura desse sistema de transporte, garantindo a integração dos ônibus com outros modos de locomoção. Desta forma, haverá a possibilidade de percorrer distâncias maiores a pé ou de bicicleta”, completou o analista Welder.
O secretário de Planejamento e Cidade, Welligton Souto, também avalia a mobilidade urbana como essencial para a saúde dos cidadãos e o bom funcionamento da cidade, por isso é importante aperfeiçoar o serviço disponibilizado pelo transporte público coletivo, para que cada vez mais pessoas o utilizem.
“O transporte público deve ser cada vez mais confortável e oferecer confiabilidade e dignidade ao usuário, isso é fundamental. A partir das soluções de mobilidade urbana é possível oferecer maior qualidade de vida na cidade”, acrescentou Welligton.