Em uma reunião realizada nesta segunda-feira, representantes da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde, Ministério Público, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil se encontraram para discutir estratégias preventivas durante o período proibitivo de queimadas, especialmente considerando os riscos no período pós-colheita do milho, quando há uma grande quantidade de palhada seca nas propriedades rurais.
O período proibitivo de uso do fogo em Mato Grosso, este ano, tem prazos diferentes para Amazônia, Cerrado e Pantanal. Para Amazônia e Cerrado o período proibitivo inicia em 1º de julho e vai até 30 de novembro. Já para a região do Pantanal, o período também inicia em 1º de julho, mas segue até 31 de dezembro. Durante esses meses, fica proibido o uso de fogo em áreas rurais para limpeza e manejo, levando em consideração o risco de incêndios florestais de grandes proporções. Já o uso do fogo em áreas urbanas é proibido o ano todo.
Felipe Palis, secretário de Agricultura e Meio Ambiente, enfatizou a importância da união de esforços para abordar o tema das queimadas, que é crucial para a região e para todo o estado de Mato Grosso. “O período proibitivo já começou e se estende até dezembro devido à estiagem acentuada. Precisamos discutir as questões operacionais e legais, trazendo informações para o público interessado para melhorar o combate aos incêndios. O apoio da população e dos produtores rurais é fundamental, pois não conseguimos fazer nada sozinhos,” afirmou Palis.
O promotor de justiça Leonardo Gonçalves ressaltou o papel do Ministério Público na orientação e fiscalização para prevenir queimadas ilegais. “Nossa função é orientar sobre as medidas necessárias para evitar incêndios e agir na fiscalização. Quando uma queimada ilegal é constatada, o Ministério Público atua para apurar responsabilidades e aplicar as medidas legais cabíveis. É crucial identificar os responsáveis e garantir que as providências sejam tomadas,” disse Gonçalves.
Capitão Gleiber de Campos Bertolazo, do Corpo de Bombeiros, destacou a gravidade da situação e a antecipação do período proibitivo devido às queimadas já em andamento no Pantanal. “Recebemos a informação de que o governo do estado iniciará o período proibitivo a partir do dia 17 de junho. Estamos nos preparando para um ano severo em termos de queimadas e contamos com a colaboração do poder público e dos produtores para minimizar os danos ambientais. A maioria das queimadas são causadas por ação humana, e precisamos conscientizar os produtores sobre as medidas de prevenção durante a colheita,” explicou o oficial.
Edgar Savaris, coordenador da Defesa Civil Municipal, explicou como a instituição pretende auxiliar na prevenção e combate às queimadas. “A Secretaria de Segurança Pública já contratou brigadistas e providenciou o aparato logístico necessário. Este ano, a preocupação é que possamos enfrentar um número maior de incêndios. Estamos prontos para capacitar e treinar brigadistas, além de coordenar ações em caso de grandes incêndios que possam trazer prejuízos,” afirmou Savaris.
A reunião faz parte da programação alusiva ao Dia Mundial do Meio Ambiente e visa preparar melhor a comunidade e os produtores rurais para um período crítico, onde a prevenção e a ação coordenada são essenciais para evitar danos ambientais significativos.