Representantes do Ministério da Agricultura, Aprosoja e Indea visitam lavouras de milho em propriedades rurais de Lucas do Rio Verde nesta terça-feira (25). O objetivo é fazer um levantamento da infestação da cigarrinha em lavouras de milho safra e safrinha. À tarde, o grupo se reúne para debater possíveis soluções para o problema que tem preocupado produtores rurais da região.
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, José Guilherme, conversou com a reportagem de CenárioMT antes de ir a campo. Ele explicou que o MAPA e a Embrapa têm atuado de forma conjunta buscando soluções para o enfrentamento de diversas pragas que atacam culturas no país.
“É uma praga complexa, de difícil controle, até agora não temos medidas como vazio, esse tipo de coisa que está em estudo. A gente quer identificar como está aqui em Lucas, conversar com produtores pra que a gente possa ter subsídios, trabalhando junto com a Embrapa, técnicos do Indea, Aprosoja, orientar para as melhores medidas de convivência com essa praga”, assinalou.
A presidente do Indea-MT, Emanuelle Almeida, classificou a ação como preventiva. Ela adiantou que os técnicos farão coletas de materiais em algumas propriedades. “Fizemos isso no ano passado e agora, neste ano, a projeção é que façamos mais coletas. Vamos à campo e ver qual a medida fitossanitária que iremos tomar pra fazer algo preventivo, porque isso é algo muito pequenininho, aconteceu pontualmente em algumas propriedades. Então, esse é o momento, a hora de fazermos um trabalho preventivo para que posteriormente não haja uma infestação ou algo mais grave na lavoura do Estado de Mato Grosso e a nível de Brasil também”, avaliou.
Vários relatos
O vice-presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, adiantou que existem vários relatos sobre a presença de cigarrinha. Ele explicou que no ano passado houve uma pressão bastante importante em relação à ocorrência da praga. “É uma praga migratória que tem aumentado nos últimos anos e transmite uma doença. Ou seja, mesmo controlando, se a planta já estiver infectada não resolve mais. Pode ser uma ameaça pro milho safrinha em Mato Grosso”, alertou.
Beber confirmou que existem relatos vindos de várias cidades do Estado. Em Nova Mutum, no ano passado, houve ocorrência relacionada à doença. A preocupação é que a praga se dissemine pelas lavouras e cause prejuízos aos produtores. O vice-presidente disse à CenárioMT que é difícil quantificar o impacto nas lavouras.
“Ano passado foi um ano bastante seco e o produtor teve perdas por falta de chuvas e ai dificulta a quantificação. Em um ano que o clima ajuda mais e tem uma produção melhor fica mais nítido as áreas que foram atacadas”, descreveu, acrescentando que muitas áreas apresentaram perdas, sendo atribuído à seca.