Reciclagem em Lucas do Rio Verde evitou que mais de 1.200 toneladas de lixo fossem para a natureza

Materiais vendidos para outros estados viram renda para os cooperados do Ecoponto que fazem separação

Fonte: Redação CenárioMT com Assessoria

reciclagem em lucas do rio verde evitou que mais de 1 200 toneladas de lixo fossem para a natureza
Ascom Prefeitura/ Anderson Lippi

O sistema de reciclagem de Lucas do Rio Verde vem rendendo bons frutos, seja no quesito preservação ambiental ou nos benefícios para a economia local. Esse ano, 1.217 toneladas de materiais foram recicladas pelos trabalhadores do Ecoponto e deixaram de ir para a natureza, de acordo com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), autarquia que administra a coleta de resíduos.

Graças ao modelo “duplo” de contentores, em que o laranja serve para a destinação de lixo úmido e o azul para descarte dos itens que podem ser reciclados, os indicadores vêm apresentando significativa melhora. Em relação ao ano de 2021, o Município reciclou 102 toneladas a mais em 2022.

Responsável pela separação e comercialização dos materiais, a Associação de Coletores de Materiais Recicláveis de Lucas do Rio Verde, a Acorlucas, envia a coleta para diferentes regiões do país. No Rio Grande do Sul, por exemplo, papelão e o plástico pet viram nova matéria-prima para a fabricação de outros produtos.

Mato Grosso do Sul recebe, além do papelão, plástico dos tipos mole (usado na produção de sacolas) e duro (como as embalagens de produtos de limpeza). Com o maior volume entre todos os materiais, o papelão também segue para ganhar um novo uso em São Paulo. Já os itens em metal, como ferro e alumínio, são comercializados no município vizinho, em Sorriso.

Por materiais, os números são:
    • Papelão – 596 t
Papel branco – 123 t
Plástico mole – 224 t
Plástico duro – 112 t
Pet – 96 t
• Ferro – 46 t
Latinha – 11 t
Vidro – 9 t

Esses números representam a média de 6,19% de material reciclado em relação a todo o lixo produzido na cidade, conforme o coordenador de resíduos do Saae, responsável pelo Ecoponto, Jailton Marques. Atualmente, 16 trabalhadores realizam a separação dos materiais.

“É um trabalho de formiguinha, que cada um precisa fazer sua parte. Estamos melhorando, muita gente está ajudando. Precisamos lembrar que a separação não é para o Saae ou somente para os cooperados que trabalham no Ecoponto, mas para as futuras gerações também. Queremos incentivar as pessoas a melhorarem cada vez mais”, disse Jailton.

A novidade prevista para esse ano é a reestruturação do Ecoponto, ampliando as dependências do galpão de separação dos materiais e, consecutivamente, a capacidade de armazenagem dos itens da reciclagem. As melhorias incluem também mudanças no escritório, balança de pesagem, rampa de transbordo para o lixo úmido e local para armazenamento e conserto dos contentores.

Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.