A prevenção e tratamento da obesidade foram temas de palestra ministrada pela Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde, por meio do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), no PSF XIII, no Parque das Américas, na manhã desta terça-feira (27).
Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/2019), do Ministério da Saúde, atualmente, no Brasil, cerca de 60,3% dos adultos apresentam excesso de peso, o que equivale a 96 milhões de brasileiros. Sendo a maioria constituída por mulheres (62,6%).
Além disso, o problema também já se alastrou entre crianças e jovens, principalmente devido à mudança de rotina e de hábitos ocasionada pela pandemia.
A nutricionista do NASF, Letícia Bassani, esclarece que tratar a obesidade não é só uma questão estética, mas sim de saúde geral que deve ser acompanhada sempre por um profissional.
“Hoje, muitas doenças crônicas estão relacionadas com a obesidade: diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, por exemplo. E tudo isso é reflexo de uma alimentação inadequada, então a gente procura sempre trabalhar a reeducação alimentar com as pessoas e mostrar pra elas que não é fazendo mudanças ou restrições radicais que elas chegam aos seus objetivos. Mas sim, agregando valor a esta decisão de se cuidar, praticando alguma atividade física, realizando consultas e acompanhamento com profissionais das mais diversas especialidades e sempre tendo em mente que isso é um ato de amor-próprio”, explicou.
A nutricionista ainda reforça que a cada encontro é visível o empenho e empolgação nos pacientes, porque eles percebem que a reeducação alimentar é algo possível, e compartilham ideias, experiências, tornando o processo muito mais leve.
A psicóloga do NASF, Mayllara Jucoski, que também acompanhou o encontro, explica que “a Psicologia trata o ser humano como uma tríade: pensamento-sentimento-comportamento, onde uma base não existe sem a outra. Por isso, trabalhamos bastante o emocional dos pacientes, durante a fase de reeducação alimentar, em que é mais provável ter pensamentos disfuncionais, ou seja, aqueles que não colaboram para chegar aos seus objetivos. Alertamos eles sobre pensamentos autossabotadores, comodismo e damos todo o suporte necessário para a autoaceitação. Assim, aos poucos, quebramos crenças negativas destas pessoas, ajudando elas a se enxergarem com mais carinho e paciência. Isso ajuda muito em qualquer processo. Buscar uma arte terapia, a leitura, dança ou qualquer outra atividade que promove prazer nas pessoas também é bem-vindo”.
Além dos encontros semanais, promovidos pela rede de saúde básica do Município, os PSFs também realizam caminhadas duas a três vezes por semana. Os interessados em fazer parte dos grupos de palestras contra a obesidade devem procurar o PSF de seu bairro para se informar e poder fazer parte.