Alunas da Escola Vinicius de Moraes, de Lucas do Rio Verde, foram premiadas num evento nacional sobre robótica. Elas integram a equipe Mega Gênias e participaram da First Lego League Challenge (FLL). O evento reuniu várias equipes em Brasília nos dias 25 e 26 de março. A equipe luverdense foi a única de Mato Grosso a competir no evento.
No primeiro dia, os projetos de inovação foram apresentados de forma online. No sábado aconteceram as apresentações presenciais.
As Mega Gênias foram premiadas na categoria Estrela Iniciante.
Logística
O projeto da equipe luverdense abordou uma questão bastante comum em Lucas do Rio Verde e municípios com as mesmas características produtivas: carga e descarga de caminhões. A estudante Lara Leite Nogueira, dez anos, explicou que a equipes realizou missões conquistando o troféu de equipe iniciante. “A gente trabalhou, estudou, fez muita coisa”, destacou a estudante. “A gente conseguiu realizar as missões e a gente conquistou mais pontos, 190 pontos no total”.
Outra integrante do Mega Gênias, Emily Cairo da Silva Santos, dez anos, disse que o projeto elaborado busca facilitar a vida dos caminhoneiros. “Pra não ficar parados em rodovia, por isso acaba gerando um grande problema, muitos acidentes nas rodovias”, comentou.
Orientação
A professora Kátia Mundim foi uma das orientadoras. Ela observa que houve pouco tempo de preparação para o torneio. As atividades começaram em fevereiro, com menos de 30 dias de atividades. “Mas foi muito gratificante, porque a gente conseguiu fazer aquilo que a gente tinha em mente dentro desse tempo proposto que a gente tinha”, declarou.
Ela agradeceu a dedicação das alunas, apoio dos familiares delas e a parceria com o município que viabilizou a viagem até Brasília. Kátia ressalta que as atividades de robótica não se restringem apenas às aulas de informática, mas a pesquisas diversas.
Hoje pela manhã, a equipe foi recebida pelo prefeito Miguel Vaz e pela secretária de Educação, Elaine Lovatel. O gestor avaliou como interessantíssima a abordagem das alunas e parabenizou a equipe que atuou dando suporte à equipe. “Ter essa visão de desenvolver tecnologia através da robótica voltada à realidade do nosso município, exemplo a questão das cargas, a exemplo do aplicativo para movimentação dos caminhões aqui no município. É um projeto que me chama atenção e que podem inclusive contribuir muito para o desenvolvimento econômico aqui do município com esses arranjos tecnológicos”, analisou Vaz.
Logística
Segundo prefeito, essa iniciativa é importante levando em consideração que nos próximos anos Lucas do Rio Verde receberá ferrovias, ampliando sua influência na área de transporte de cargas.
O projeto desenvolvido pelas alunas pode ser ‘abraçado’ por empresas de logística. “Porque quando você vai desenvolver uma tecnologia, por trás disso tem muita pesquisa. E a pesquisa sempre ela leva em conta alguma situação que se encontra na região, enfim, daquele projeto. E no caso aqui foi olhado pra questão das cargas e pra questão do transporte do roteiro dos caminhões pra que não se perca tempo pra tornar o transporte mais eficiente”, pontua. “Então a importância da iniciativa privada ter olhos voltados pra esse desenvolvimento e pra projetos como esse”.
“A intenção é trabalhar um aplicativo através da parceria público privada e fazer gratuitamente para os armazéns, pra fazer uma organização disso, mas também a gente sabe que precisa de um local pro motorista ficar. Porque mesmo com a lei, os armazéns estão adequados. Mas na rua a gente não consegue deixar banheiro, tudo que precisa pra isso. Então por isso que esse aplicativo faria uma organização dessa fila e não seria por ordem de chegada”, destaca a professora.
Novos desafios
A professora de robótica adianta que a equipe da Escola Vinicius de Moraes terá um novo desafio em breve. Katia explica que será realizado o clube de programação dentro da escola. Com isso, as meninas serão multiplicadoras do conhecimento adquirido.
“E também vamos participar do torneio mundial que é do Microbit, onde a gente também vai fazer uma pesquisa pra implantar esse computador de mão em algo que possa desenvolver aqui no município, como a gente está pensando no na umidade do soja, fazer a medição da umidade do soja através desse computador de mão que se chama microbit e através de uma linguagem de programação com um custo bem mais barato pro agricultor”, antecipa.