O projeto De Olho no Óleo de Lucas do Rio Verde recebeu, na tarde desta terça-feira (01), 50 bombonas que serão utilizadas como contentores de óleo usado. A doação foi feita pela cooperativa Sicredi Ouro Verde MT.
O objetivo do projeto é dar a destinação correta para o óleo de cozinha usado – altamente poluente – para ser transformado, dentro do próprio município, em biocombustível, fonte de energia sustentável.
A ação está sendo desenvolvida pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Saae, Associação dos Coletores de Materiais Recicláveis (Acorlucas), Fiagril e Sicredi. De início, as bombonas serão colocadas em escolas municipais de Lucas do Rio Verde.
Pelo trabalho, os associados da Acorlucas receberão o valor correspondente a R$ 1,50 por litro até 19.999 litros de óleo e R$ 2 por litro para coletas acima de 20 mil litros de óleo usado.
Para o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, retomar o projeto é um avanço para toda a população. “Um momento muito importante retomar esse projeto que alcançará de forma positiva todo o município luverdense. De início entraremos em contato com o comércio local, bem como unidades de Saúde para que formemos uma rede de apoio. O óleo recolhido gera renda para as famílias que realizam as coletas no Ecoponto e, no final, todos saem ganhando”, pontua Paulo Nunes.
Conforme a secretaria, um litro de óleo usado tem a capacidade de poluir até 20 mil litros d’água. Por isso, é tão importante dar a destinação correta ao resíduo. O projeto funcionará da seguinte forma: o munícipe deve esperar o óleo esfriar e armazenar em uma garrafa pet, para depois levar ao ponto de coleta.
“Acreditamos no equilíbrio entre o social, o econômico e o ambiental, proporcionando uma vida mais saudável à população. A coleta do óleo busca reforçar a resiliência e a adaptação a riscos relacionados ao meio ambiente e às catástrofes naturais em todo o país. O projeto De Olho no Óleo vem para contribuir com o meio ambiente luverdense, uma vez que as pessoas terão lugar adequado para a destinação do óleo usado. Esperamos mobilizar a comunidade com atitudes como esta, que preservam o meio ambiente e tornam o município sustentável e em equilíbrio ambiental”, pontua o representante do Sicredi, Moacyl Campos.
Jogar esse material em pias, ralos e vasos sanitários pode causar o entupimento das tubulações, enquanto o óleo despejado em rios e lagos cria uma fina camada na superfície, impedindo a oxigenação dos lençóis freáticos. No solo, o óleo acaba por impermeabilizar a terra, contribuindo para enchentes e alagamentos.
De acordo com o coordenador de resíduos do Saae, o descarte correto nos torna uma sociedade mais organizada e consciente. “É um momento ímpar, principalmente, por termos encontrado dificuldades na execução desse projeto no início e agora nessa gestão tiraremos do papel. Não será do dia para noite e sabemos que é um projeto ‘formiguinha’, mas sabemos que, assim como a coleta de lixo que superamos em quase 100%, nós também faremos com o projeto De Olho no Óleo”, finaliza Jailton Nascimento.
Como funciona o processo?
• Entregue seu óleo usado armazenado em garrafas do tipo pet, que serão colocadas em “bombonas”, um tipo de tonel plástico.
• Depois de cheios, os recipientes serão retirados por um caminhão. O óleo coletado será transportado por uma empresa especializada.
• Ao chegar na fábrica, o resíduo, antes sem serventia, se transforma em biocombustível, deixando de ser um agente poluente.