A colheita da segunda safra de milho em Lucas do Rio Verde ainda não começou, mas os produtores rurais temem quebra da safra. As perdas podem chegar até 15% em relação a safra anterior.
Ouvido por CenárioMT, o diretor executivo da Fundação Rio Verde, Rodrigo Pasquali, explica que a estiagem severa que Mato Grosso sofreu em abril é a responsável pelas perdas. “Foi pouca regularidade de chuva no período. E isso, em algumas regiões aqui no norte de Mato Grosso, vai provocar uma possível quebra de safra”, disse.
A Fundação Rio Verde tem acompanhado e ouvido relatos de produtores da região oeste do Estado. “Temos grandes áreas com incapacidade de colheita, não vai ser viável colher pelo fato de o milho não formar nem espiga. E a gente acredita que isso vai ter reflexo significativo. Teremos uma diminuição da oferta de milho e isso vai impactar no mercado”, assinalou Pasquali.
Em Lucas do Rio Verde, a previsão é que a colheita da safra de milho inicie a partir da próxima semana. Rodrigo disse que ainda não há um levantamento em relação à produtividade. “Ainda não temos informações porque não começou a colher. Vamos aguardar e ver o andamento da colheita, do milho plantado um pouco mais tarde”, explicou.
Porém, a Fundação estima perda de até 15%. “Ainda é cedo pra falar em estimativa, mas a gente acredita que seja algo em torno de 10% a 15% aqui na nossa região, no médio norte, enquanto na região oeste essa perda pode chegar a 50% em potencial de produção do milho segunda safra”, conclui.