Diretores da Expolucas fizeram agora a pouco a prestação de contas da edição 2022 do evento. A festa mais uma vez teve saldo positivo, menor que em relação a anterior. Contudo, havia expectativa de melhora na receita com vendas de cartelas e camarotes. O encontro contou com a presença do prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz, um dos parceiros no evento.
Segundo o relatório, a diretoria conseguiu levantar receitas na ordem de R$ 2.583.974. Subtraindo as despesas, que somaram R$ 2.553.736,69, sobra pouco mais de R$ 30 mil. O número final, no entanto, pode aumentar. O valor de um dos patrocínios pode chegar a até R$ 15 mil. Se isso acontecer, o saldo positivo passa para mais de R$ 33 mil.
O presidente da Expolucas, Jaime Binsfeld, informou que a Expolucas 2019 acabou custando pouco mais de R$ 2,2 milhões.
Entre as principais despesas estão a contratação de shows (R$ 1.230 milhão), locação da estrutura da arena de rodeios (R$ 430 mil) e premiação dos bingos (R$ 50 mil).
Binsfeld detalhou ainda sobre as receitas. Ele adiantou que havia expectativa de comercializar 15 mil cartelas, 2 mil a mais que a Expolucas anterior. Foram vendidas 10,6 mil cartelas, que renderam cerca de R$ 1 milhão. Outras fontes de recursos foram a venda de pulseiras e ingressos avulsos. Em relação a patrocinadores, o presidente citou que foram comercializados R$ 249 mil. A locação de espaços no parque também foi bem sucedida, tendo arrecadado em torno de R$ 134 mil. A venda dos camarotes prime, que ficam à frente do palco, rendeu R$ 240 mil.
Outro ponto que deixou a desejar foi quanto a comercialização de camarotes. Foram vendidos apenas 50 unidades, rendendo R$ 343 mil.
Novo formato
Durante a entrevista à imprensa, Jaime Binsfeld adiantou que o formato da Expolucas em 2022 mostrou que o evento perdeu o encanto. “Aquela coisa que era lá atrás, a gente não tem mais, do que era a festa”, pontuou.
A ‘separação’ do Show Safra e Expolucas foi prejudicial. O evento tecnológico que acontece anualmente no final de março tirou um aspecto que era forte em anos anteriores da Expolucas, que é a exposição de máquinas e realização de palestras.
“Sendo bem objetivo: se você pelo contexto do trabalho que dá, colocar de pé uma festa deste tamanho, com a estrutura, abrindo mão de vários dias pra cuidar de cada detalhe, na minha opinião é uma festa que precisa fazer ela muito menor”, opinou Jaime. “Já venceu o alvará”.
Ele analisou que 90% do público que prestigia o evento faz parte das pessoas que chegaram ao município nos últimos 10 a 15 anos. “O pessoal mais antigo, mais pioneiro, está em outro ‘vibe’, vamos usar uma palavra moderna, e não curte mais esse tipo de evento”, sugeriu.
A decisão sobre eventuais mudanças no formato do evento que marca a comemoração do aniversário de Lucas do Rio Verde deverá sair nos próximos meses. “Tem que se discutir. Conversei com membros da comissão e de forma informal com o prefeito Miguel que a festa deveria acontecer em 1 ou 2 dias de programação, ver como montar isso, pois é uma festa muito cara e muito grande pra fazer”, assinalou.
Reconhecimento
O prefeito Miguel Vaz ressaltou o empenho dos membros da comissão organizadora, liderados por Jaime Binsfeld, reconhecendo a importante do trabalho para realizar a Expolucas. O gestor comentou que a administração municipal procurou apoiar o evento, tendo o envolvimento de diversos secretários e equipe de servidores para desenvolverem ações para valorizar a Expolucas. ‘O importante é que a festa aconteceu”, citou.
Sobre a mudança de formato do evento, Vaz opinou que a festa não deve ter caráter de exposição, como vem sendo realizada. “Mas sim de uma festa de aniversário talvez com menor tempo de duração, 2 dias, quem sabe”, indicou. Como o aniversario de Lucas do Rio Verde em 2023 cairá num sábado, ele sinalizou para uma festa na sexta e sábado. “Ai as pessoas têm o domingo pra descansar porque na segunda-feira todos têm que trabalhar”.
O gestor destacou que o Poder Público não tem como fazer uma festa com a estrutura e atrações da Expolucas, mas de menor investimento, como a Festa do Milho. “Mas é sempre boa a participação de alguém que tem já essa experiência e queira ajudar o poder público”, adiantou. “Acho que é correto voltar a pensar nisso num formato diferente, nessa nova visão de festa de aniversário e não de negócios”, conclui.
