A vacinação é a principal forma de prevenção de diversas doenças, dentre elas a poliomielite, que é uma doença contagiosa aguda, causada por um vírus que se aloja no intestino e, nos casos mais graves, pode provocar paralisias musculares. Por isto, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, alerta e orienta a população acerca da importância da vacinação contra a poliomielite, com campanha nacional que segue até o dia 9 de setembro, em todas as unidades de saúde.
Das 4.935 crianças aptas a receber a vacina contra a pólio, em Lucas do Rio Verde, a meta é vacinar, no mínimo, 95% das crianças de 1 a 4 anos, 11 meses e 29 dias.
De acordo com a secretária de Saúde, Drª Fernanda Heldt Ventura, os pais ou responsáveis devem levar a criança até um PSF, com documento de identificação do adulto responsável e da criança e cartão de vacinação. “Apesar de a poliomielite ter sido oficialmente erradicada do país em 1994, com o último caso registrado em 1989, precisamos elevar a nossa cobertura vacinal para que esse vírus não volte a circular no país. Agora, mais do que nunca, a gente sabe da importância da vacinação”, pontua.
O Brasil tem, na verdade, “alto risco de reintrodução” da doença. A cobertura vacinal contra a poliomielite foi de 96,55% em 2012 para 67,71% em 2021, consideradas as primeiras três doses da vacina, que são aplicadas no primeiro ano de vida da criança.
“As gerações atuais não conhecem os efeitos devastadores da poliomielite, o quanto essa doença impacta na vida de uma pessoa contaminada. Precisamos manter a cobertura vacinal alta para impedir que o poliovírus circule novamente em nosso país “, explixa a supervisora da Vigilância em Saúde, Cláudia Regina Engelmann.
Em Lucas do Rio Verde a cobertura vacinal em 2015, foi de 127,85 % para 72,74 % em 2021, também considerando as primeiras três doses da vacina aplicadas nos primeiros nos de vida.
Cobertura vacinal contra a pólio em Lucas (2015-21)
Ano | Poliomielite |
2015 | 127,85 |
2016 | 106,11 |
2017 | 105,21 |
2018 | 151,30 |
2019 | 130,32 |
2020 | 101,77 |
2021 | 72,74 |
2022 | 64,68 |
Fonte: Sipni Datasus
A primeira dose da vacina da pólio é aplicada a partir dos 2 meses de vida, com mais duas doses aos 4 e 6 meses, além do primeiro reforço entre 15 e 18 meses e do segundo reforço entre 4 e 5 anos de idade, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Sobre a pólio
A poliomielite, também chamada de “paralisia infantil”, é uma doença altamente contagiosa e incurável, transmitida por um vírus. Ela é caracterizada por um quadro de paralisia flácida.
O início é repentino e a evolução do déficit motor ocorre, em média, em até três dias. A doença acomete, em geral, os membros inferiores, de forma assimétrica, e tem como principal característica a flacidez muscular.
A grande maioria dos casos é assintomática ou apresenta apenas sintomas leves e semelhantes a outras doenças virais comuns, como a gripe. Alguns dos sintomas são: dor de cabeça, dor de garganta, febre, coriza e náuseas. Esses casos são, geralmente, em crianças muito pequenas, já quando a infecção ocorre em adolescentes ou adultos, a forma paralítica da doença ocorre com mais frequência.
A transmissão do poliovírus acontece pelo contato direto de pessoa a pessoa, pelas vias fecal-oral ou oral-oral, através de gotículas expelidas ou ainda na ingestão de água e alimentos contaminados com fezes contendo o vírus. Desta forma, cuidados básicos como lavar as mãos e alimentos são muito importantes.
Multivacinação
Para multivacinação, a estratégia é atualizar a caderneta de vacinação das crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade. Neste caso, estarão disponíveis as vacinas do calendário básico de vacinação das crianças e dos adolescentes menores de 15 anos.