Uma projeção feita durante a audiência pública sobre a BR 163 na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal deixou preocupado o prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz. O encontro buscou levantar propostas para acelerar o processo de relicitação de trecho da rodovia federal em Mato Grosso. Além disso, os participantes discutiram os impactos que a demora do processo podem gerar aos usuários da rodovia.
Uma das preocupações é que o hiato entre a saída da Concessionária Rota do Oeste da gestão da rodovia e a contratação de uma nova empresa deixe a rodovia sem manutenção. Mesmo com a presença da concessionária, vários trechos apresentaram problemas com buracos e outras deficiências, colocando os usuários em risco. Neste sentido, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) teve que assumir a responsabilidade nos trechos onde a pista foi duplicada.
O prefeito luverdense considerou importante a abordagem da audiência e citou duas propostas interessantes para o futuro da rodovia. Uma delas é o sequestro de parte do valor arrecadado com pedágio para assegurar obras de duplicação e pagamento de credores. Outra proposta busca agilizar esse processo e envolve parceria entre Estado e União.
Preocupação
Mas uma projeção feita durante o encontro o deixou preocupado, a de que o início das obras de duplicação possam demorar até 8 anos. “Podemos demorar muito na solução se não mudar o rumo do que está previsto, do que foi falado agora. Um novo estudo de remodelagem 12 meses, Depois o processo de licitação e depois, como o Júlio Perdigão falou, não 4 anos, mas 8 anos para execução do trecho de 336 quilômetros, de Nova Mutum até Sinop. Aí então vamos falar em mais de 10 anos. E eu vou sair daqui inconformado, indignado com esta situação, com esta possibilidade”, enfatizou Vaz.
O prefeito disse que a população quer ver obras e que é cobrado pela população de Lucas do Rio Verde a respeito de melhorias na região. Miguel projeto que em 10 anos, Mato Grosso dobre os índices de produção agrícola o que leva a um aumento considerável de veículos de carga pela rodovia. Ele acredita que mesmo com a vinda de ferrovias, o cenário não deve mudar, com grande fluxo de veículos nos próximos anos.
“Precisamos buscar uma solução das mais rápidas, das que estão na mesa hoje. Que a gente tenha num prazo mais curto a execução dessas obras, tanto as dos trechos mais críticos, quanto a retomada, o mais rápido possível, da duplicação. Falarmos em 8 anos, é muito tempo para deixarmos com pista simples como está hoje. É muito complicado, é praticamente impossível, vai virar o caos. Que a gente possa debater melhor sobre isso e buscar uma solução mais rápida”, define.
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