Na última segunda-feira (06), o Museu Histórico de Lucas do Rio Verde recebeu a notícia da aprovação da Moção de Apoio à família de Arthur de Campos Borges. O documento, referendado pela Câmara Municipal, foi solicitado pela equipe do Museu no início deste ano e busca homenagear o mato-grossense responsável pela primeira planta da BR-163, em 1905.
A planta foi utilizada pelo Governo Militar, em 1971, para a abertura da rodovia entre Cuiabá e Santarém – Mato Grosso ao Pará. Naquele período, os familiares de Borges já haviam solicitado uma homenagem ao seu patriarca, mas não aconteceu. Agora, está sendo organizada a documentação para solicitar ao Governo Federal a alteração do nome da BR-163 para Rodovia Arthur Borges, como forma de homenageá-lo.
A família reside atualmente em Cuiabá e conta com o apoio do Legislativo das cidades ao longo da BR-163, (Cuiabá, Nobres, Nova Mutum, Rosário Oeste, Sinop e agora Lucas do Rio Verde), do Instituto Histórico de Mato Grosso e de outras entidades.
Durante a pesquisa sobre a história de Lucas do Rio Verde, a equipe do Museu chegou ao neto de Campos Borges, Otacílio Canavarros Borges, o qual solicitou apoio para o empreendimento.
“Nós solicitamos aos vereadores essa moção por entendemos a importância que teve o coronel Borges no desenvolvimento da região. Com essa aprovação, os vereadores contribuirão muito com a pesquisa para formação de parcerias para a produção de nosso acervo imaterial”, comentou o coordenador do Museu, Oliveira Neto.
Sobre Arthur de Campos Borges
A família Campos Borges foi uma das proprietárias das terras onde se encontra a cidade de Lucas do Rio Verde. Após a sociedade entre Arthur de Campos Borges e Francisco Lucas de Barros, quando criaram a empresa Lucas, Borges & Cia, foi que Francisco Lucas assumiu a exploração da borracha nas terras do Rio Verde.
Em 1941, o mato-grossense entregou pessoalmente o mapa com a referida planta ao presidente Getúlio Vargas, na oportunidade de uma visita a Cuiabá. Vargas até prometeu avaliar a solicitação de Borges sobre a construção da rodovia, mas nada foi feito.
Arthur de Campos Borges morreu em 14 de setembro de 1943, aos 80 anos de idade, sem ter visto o seu sonho realizado. Somente em 1971, a estrada começou a ser construída pelo 9º BEC, utilizando a mesma planta feita por ele.