Um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) foi instaurado pela Secretaria de Segurança e Trânsito de Lucas do Rio Verde para apurar a liberação de uma motocicleta apreendida pela Guarda Municipal. O PAD vai apurar a conduta de um servidor público lotado na Guarda Municipal que teria tornado público, de forma inadequada, documentos da liberação de uma motocicleta apreendida pela instituição. O caso aconteceu no feriado de Corpus Christi, no início do mês.
Na ocasião, um servidor da Secretaria de Segurança e Trânsito, identificado como adjunto da pasta, teria usado de sua influência para liberar uma motocicleta. O veículo teria sido apreendido por irregularidades.
O secretário de Segurança e Trânsito, Paulo Nunes, confirmou o ocorrido, mas adiantou que não houve irregularidade no procedimento do secretário adjunto. “Ele liberou o veículo e aí surgiu esta polêmica”, disse, acrescentando que ‘a legislação permite fazer isso’. “A lei permite a liberação desde que seja feita a correção e foi isso que aconteceu”, completou.
Sobre o PAD, Nunes comentou que serão apurados todos os fatos relacionados, inclusive a conduta do agente que expôs o ocorrido. “Liberou informações que são da própria gestão, da própria Guarda Municipal, são documentos que não podem ser repassados dessa forma”, relatou.
Repercussão
O caso repercutiu na Câmara de Vereadores durante a sessão ordinária desta segunda-feira (14). Os vereadores Márcio Albieri e Marcos Paulista cobraram providências a respeito. Albieri pediu que, se constatado irregularidades no procedimento, que haja punição. “Não podemos permitir que um servidor venha e desabone todo um trabalho feito pela Guarda Municipal”.
Paulista protocolou dois ofícios pedindo investigação para apurar o episódio. Ele cobrou punição em caso de falhas. “Eu conto com a assinatura de todos os vereadores (no ofício)”, pediu.
Líder do Executivo na Câmara, a vereadora Sandra Barzotto assegurou que não houve irregularidade. Ela citou que o município não conta com pátio para recolher veículos apreendidos, tão pouco guincho para o transporte. “Na GM não temos concessão para que os veículos fiquem lá. Só pra elucidar, as providências foram tomadas. A pessoa regularizou, voltou pra vistoria e as multas enviadas para o Detran-MT”, destacou.