Materiais emprestados pelo Rotary Clube de Lucas do Rio Verde são recolhidos do lixo

Dirigentes do clube de serviços pedem que pessoas que emprestarem materiais façam a devolução após o período de uso

Fonte: CenárioMT

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Foto: CenárioMT

Alguns materiais ortopédicos emprestados pelo Rotary Clube de Lucas do Rio Verde foram recolhidos do lixo. A revelação foi feita por dirigentes do clube de serviços nesta quarta-feira (06). Eles fizeram um apelo para que os materiais que foram emprestados, após o uso, sejam devolvidos.

Os materiais, cadeiras de roda, muletas e andadores, são emprestados por períodos que vão até três meses com o compromisso da devolução. Eles são usados por pessoas de idades diversas que se recuperam de cirurgias ou tratamentos de fisioterapia. O período de empréstimo gira em torno de 90 dias, em média. Após esse período o empréstimo pode ser ampliado por igual período.

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O encontro desses materiais descartados no lixo deixou chateados dirigentes do Rotary no município. “Realmente ultimamente a gente está bem triste até porque na hora de nós emprestarmos é uma maravilha. Então na hora de devolver as pessoas esquecem que tem que devolver, jogam no lixo”, lamentou Oelson Coppeti, presidente do Rotary Clube.

Como funciona

O Rotary Clube mantém um banco de produtos ortopédicos funcionando o ano todo. A pessoa interessada em utilizar os materiais procuram os representantes do clube e formalizam o empréstimo.

“Toda semana tem um voluntário diferente atendendo esse banco pra atender a pessoa que precisa de algum desses instrumentos. Cadeira de roda, andador, cadeira de banho, muleta e outros equipamentos da parte ortopédica que a gente tem pra fazer esse empréstimo”, explica Zeca Hasse, membro do Rotary Clube, citando que no ato da entrega é feito um contrato de empréstimo.

De acordo com Hasse, não é cobrado nenhum valor da pessoa que faz o empréstimo. A expectativa é que, ao final do empréstimo, o equipamento retorne. A devolução é fundamental para que o programa rotário funcione. “Pra sustentabilidade do programa. A gente tem um controle pra poder prestar contas à sociedade que colabora tanto assim com o Rotary e com o banco de ortopédico”, destaca.

Mesmo que sofra algum tipo de avaria ao longo do uso, é necessária a devolução. Os próprios membros do clube se encarregam de pequenos reparos, quando possível. “Nós temos como consertar. Eu mesmo já fiz de três cadeiras, transformei em uma. E tem como consertar mesmo. Então pediria encarecidamente pra devolvendo pra nós”, reforça Coppeti.

“A gente fica muito sentido é realmente que o produto seja descartado no lixo. Ele tem que voltar para o nosso imobilizado, pra gente ver o que realmente pode ser descartado e o que pode ser aproveitado”, acrescentou Hasse.

Condições

Os membros do clube reforçam que os equipamentos emprestados são para uso temporário, não sendo apropriados em casos onde a pessoa precise produto de uso contínuo.

Os produtos emprestados pelo Rotary Clube têm, em média, vida útil de 3 a 4 anos, em especial as cadeiras de rodas e cadeira de banho. “Depois realmente ela fica fora de uso, mas é importante que esse material volte de qualquer maneira pra gente ter ciência de que nós temos e agora em junho se compra material de novo”, cita Zeca Hasse.

Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso.