Produtores de frango integrados à indústria multinacional de alimentos em Lucas do Rio Verde decidiram não mais programar novos alojamentos de pintainhos para engorda e abate. A decisão foi tomada em assembleia realizada ontem (07) à noite no Sindicato Rural do município. Ela vale a partir de segunda-feira (14.06).
O prazo foi dado para que a empresa se reorganize e possa definir com os produtores os reajustes de custos e despesas que vêm sendo absorvidos por eles nos últimos meses. Segundo os produtores, o preço pago pelo quilo produzido não é reajustado desde janeiro do ano passado. O reajuste não vem sendo feito, mesmo com o cenário de custos em alta. Por outro lado, o cenário de exportação em dólar tem sido extremamente atrativo as agroindústrias.
Ainda conforme os produtores, a indústria não tem formalizado os novos ajustes e indicadores técnicos que formam a renda negociada. Segundo eles, isso permitiria a transparência para que possa ser analisado o resultado de cada lote, além de ter conhecimento do pagamento justo.
Os produtores alegam ainda que desde novembro do ano passado negociam com a indústria que, ao invés de repassar os aumentos de custos, propõe reduzir preços pagos aos produtores em várias modalidades de produção.
As informações são da Comissão para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (CADEC) formada por representantes dos produtores e da indústria.
