Lucas do Rio Verde foi uma das 12 cidades premiadas na primeira edição do Prêmio Cidades Inovadoras. A cerimônia de premiação foi realizada nesta quarta-feira (29) em Cuiabá. A iniciativa do prêmio é da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci).
Foram escolhidos pelo grupo de avaliação do Prêmio os municípios de Nortelândia, Campinápolis, Água Boa, Cáceres, Campo Verde, Canarana, Guarantã do Norte, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Primavera do Leste, Rondonópolis e Sinop.
Segundo a Seciteci, 29 municípios se inscreveram no prêmio. Destes, 20 foram validados, 14 passaram pelas entrevistas de avaliação e 12 foram selecionados como vencedores. Para garantir uma avaliação justa, os municípios foram separados em três categorias, de até 10 mil habitantes, de 10 a 20 mil habitantes e acima de 20 mil habitantes.
Para participar, os municípios apresentaram ações inovadoras criadas em diferentes espaços do setor público visando a eficiência na entrega de serviços à população. Após a inscrição, as cidades foram avaliadas a partir dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) e receberam pontuações de acordo com o nível de ações inovadoras em cada área, como educação, saúde e outros.
Os vencedores receberão benefícios, como capacitação sobre inovação na gestão pública; consultoria de projetos para compor um Plano de Desenvolvimento Inteligente; imersão no Smart City Curitiba; além do acompanhamento regular de uma equipe multidisciplinar da Seciteci.
A premiação de Lucas do Rio Verde foi celebrada pelo prefeito Miguel Vaz. “A premiação tem como objetivo reconhecer os municípios que incentivam e potencializam projetos inovadores e sustentáveis. Lucas do Rio Verde tem trilhado esse caminho, por meio do Inpacto Lucas, um compromisso firmado com toda a sociedade, representada pela Aliança de Inovação do Cerrado”, destacou o gestor.
Vaz destacou que o objetivo é garantir o desenvolvimento econômico e social do município. “Criando um ambiente propício a inovação, com incentivo ao empreendedorismo, educação e formação inovadora e o desenvolvimento de soluções que possam melhorar a vida das pessoas”, acrescentou.
Inovação
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Allan Kardec, o prêmio cumpriu o seu papel em despertar nos municípios a necessidade de se pensar e investir nas áreas de inovação na gestão pública. O secretário lembrou que até mesmo pequenas ações podem fazer a diferença na vida do cidadão que busca o serviço público.
“A Prêmio nasceu da ideia de entender as necessidades de investimento dos municípios na área da inovação, tecnologia e novas metodologias para atender a população. Um exemplo simples hoje foi a digitalização de alguns serviços que as prefeituras já implantaram. O mais importante é fazer com que a população entenda que é na cidade que a gente vive e é lá que precisam ter soluções de Estado. O Governo do Estado ajudou os municípios nessa missão, mas quem desenvolveu as ações foram municípios com suas equipes e agora cumprimos nosso papel de reconhecer essas iniciativas”, disse o secretário.
Já o CEO do Parque Tecnológico, Rafael Bastos, destacou que o prêmio também é um meio de estimular que cada vez mais cidades mato-grossenses desenvolvam projetos na área da inovação, visando o desenvolvimento por meio da tecnologia e da ciência.
“O Cidades é mais uma entrega de uma equipe que está focada em fazer essa transformação de um ambiente de inovação, tecnologia e pesquisa em Mato Grosso. Mais do que um reconhecimento, esse prêmio é um estímulo. É uma porta de entrada para que a gente possa também dividir as experiências que cada município tem e os outros municípios que não estão hoje aqui se estimulem a disputar e entender o que é inovação nos municípios.
Segundo a secretária de Turismo de Campinápolis, Sirlene Dias da Silva, o reconhecimento recebido é fundamental para fortalecer as ações de inovação na área ambiental desenvolvida no município. A secretária é uma das autoras de um projeto voltado para o meio ambiente, distribuindo plantas frutíferas em comunidades indígenas. Com a ação, o município recebeu pontuações e foi selecionado na categoria de cidades com até 20 mil habitantes.
“Estou imensamente feliz, esse foi um projeto que realizamos no ano de 2021. Temos uma população em sua grande maioria indígena e esse projeto foi visando a população indígena. Sempre tive um sonho de impactar a minha cidade de alguma forma e essa forma foi levar mudar de plantas frutíferas para as aldeias, justamente para trazer mais qualidade de vida para essas comunidades e esse projeto não foi o único. Espero que no ano que vem a gente possa inscrever novos projetos”, disse a secretária.