O período chuvoso está voltando com maior intensidade e frequência, e com ele aumentam as preocupações com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Para isso, trouxemos nesta matéria os números de notificações e casos positivos da dengue nos últimos anos.
Em 2023 foram registradas, em Lucas do Rio Verde, 1.182 notificações de dengue, destes 628 foram casos positivos, um número inferior a 2022, que no mesmo período havia registrado 3.801 notificações e 2.821 casos confirmados de dengue.
Se comparado a 2021, neste mesmo período, os números eram de 344 notificações e 193 confirmados. Nos demais anos, foram 1.736 notificações e 1.408 casos confirmados em 2020; em 2019 e 2018 foram 516 e 129 notificações, respectivamente.
Todos os dados foram extraídos do dengue on line, no Sistema de informação de agravos de notificações (Sinan), no dia 28 de dezembro, ás 14h15. Referente a semana epidemiológica 01 a 51.
A Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde orienta que para prevenir as doenças transmitidas pelo mosquito é fundamental evitar o acúmulo de água parada, onde ocorre a proliferação do mosquito.
Segundo a secretária de Saúde, Drª Fernanda Heldt Ventura, para se prevenir do transmissor, a higiene é um fator imprescindível. “Cuidar do nosso ambiente, mantendo tudo coberto, como caixas d’água, ralos, e não deixar água parada e acumulada em garrafas ou pneus”, salienta.
A secretária ainda enfatiza que os terrenos abandonados são outro fator que deve ter maior atenção. “Temos que ficar de olho nesses terrenos baldios. São locais muito comuns de proliferação”, complementa.
O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias porque os ovos do Aedes aegypti podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.
A Secretaria de Saúde mantém vigilância contínua na cidade durante todo o ano para evitar a proliferação do Aedes aegypti com o uso de inseticidas e ação de agentes de saúde, entre outros.
Sintomas
Existem quatro tipos de vírus de dengue – sorotipos 1, 2, 3 e 4. A febre alta é um dos principais sintomas da doença. Outros sintomas são dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A infecção por dengue também pode não causar sintomas, ser leve ou grave. Nesse último caso, pode até levar à morte.
As pessoas mais velhas têm maior risco de desenvolver dengue grave e outras complicações que podem levar à morte. O risco aumenta quando a pessoa tem alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão.
Não há tratamento específico para a dengue. De acordo com a avaliação médica, são recomendadas medidas como fazer repouso, ingerir bastante água e não tomar medicamentos por conta própria. Pode ser recomendada também a hidratação com soro. Em caso de suspeita é fundamental procurar um profissional de saúde para ter o diagnóstico correto.
A zika e chikungunya têm sintomas semelhantes aos da dengue como febre, dor de cabeça, mal-estar, dores pelo corpo e muita dor nas juntas. O tratamento também é feito de acordo com os sintomas.
No caso da chikungunya, algumas pessoas podem desenvolver um quadro pós-agudo e crônico com dores nas articulações que duram meses ou anos.