“Geração de empregos é o melhor programa social que existe”, essas são palavras do prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz, ao falar em entrevista na manhã desta segunda-feira(02) a Radio Alternativa FM (104,9) sobre a retomada do Desenvolvimento Econômico do município em meio à pandemia pelo novo coronavirus (Covid-19).
Embora o momento seja de muitos cuidados em relação à saúde pública por conta da pandemia, há muito a ser comemorado em Lucas do Rio Verde nesta semana em que a cidade completa 33 anos de emancipação político-administrativa.
O município teve crescimento econômico de 7% no primeiro semestre de 2021, em relação ao mesmo período do ano passado.
Foram abertas 6.796 novas empresas (pequeno, médio e grande porte).
Acompanhando esse ritmo, a geração de empregos teve saldo positivo nos seis primeiros meses do ano, somente no mês de junho foram mais de 415 novas vagas. Comércio e prestação de serviços foram os setores da economia que mais empregaram nesse período.
“É muito positivo o cenário do crescimento econômico, há muita coisa acontecendo em Lucas do Rio Verde, muitas empresas se instalando, há muita construção civil, tudo isso reflete na geração de empregos. Isso é muito positivo para a retomada do desenvolvimento econômico”, comentou.
Somente neste ano foram comercializados 51 lotes no Espaço do Empreendedor (Industrial 05, localizado as margens da Avenida das Indústrias), que gerou arrecadação de R$ 6 milhões aos cofres públicos.
“Com as perspectiva de eventos futuros como a vinda das ferrovias, por exemplo, traz para Lucas do Rio Verde um ritmo de crescimento e faz com que os empreendedores foquem para o nosso município”, acrescentou o gestor municipal ao se referir aos projetos de construção das ferrovias, que tornará o município em um grande entroncamento ferroviário com a chegada da Ferrogrão (Miritituba/Lucas do Rio Verde); RUMO (Rondonópolis/Cuiabá/Lucas do Rio Verde) e a FICO – Ferrovia Integração Centro Oeste (Mara Rosa/Lucas do Rio Verde).
CADEIA PRODUTIVA
Aliada ao desenvolvimento gerado pelas pequenas, médias, grandes empresas e prestação de serviços, está a crescente demanda da CADEIA PRODUTIVA de Lucas do Rio Verde.
Agregar valor ao que é produzido (soja, milho e algodão) é essencial para o fortalecimento da economia local e da região.
“A região do eixo da BR-163 é sem dúvida a maior produtora de grãos do país. Passamos a fase da implantação da suinocultura e avicultura, que é a transformação da matéria-prima (soja e milho) em proteína animal, que são produtos de alto valor agregado e que gera emprego e renda. Em seguida passamos a fase dos biocombustíveis (biodiesel e etanol), (…). Agora estamos avançando na bovinocultura em confinamentos, que ocupa menos espaços e agregava valor, pois para esse setor, são disponibilizados os DDG’s (subproduto da produção de etanol a base de milho) para a nutrição dos animais”, enfatizou.
A transformação da pluma do algodão produzida em Lucas do Rio Verde em fios para tecelagem é outro grande projeto para o desenvolvimento econômico.
“Hoje o algodão produzido aqui é beneficiado para a retirada do caroço (que também produz o óleo) e todo esse material é exportado para outros centros, como Santa Catarina, São Paulo e até para fora do país. Queremos com o projeto da CADEIA DO ALGODÃO, dar o primeiro passo que é vender o fio com valor agregado após seu beneficiamento. Esse fio será destinado à tecelagem, posteriormente para tinturaria e por fim, para a confecção fechando o clico da cadeia produtiva”, ressaltou Miguel Vaz.
Empresários já mostraram interesse em instalar indústrias no município para o processamento das plumas de algodão em fios.
“A economia do Brasil está sendo retomada, o agronegócio está em expansão, vivendo um bom momento e tudo isso oferece um cenário positivo para que os empresários, podendo ser eles de Lucas do Rio Verde mesmo, fazerem esses investimentos”, finalizou Vaz.