Membros da Comissão de Reordenamento de Matrículas das Escolas Públicas de Lucas do Rio Verde estiveram reunidos na semana passada, no Paço Municipal, para avaliar o quadro de matrículas e de vagas e as demandas do setor para garantir o direito de acesso à educação e traçar planos para que nenhum aluno fique sem estudar por falta de vaga nas instituições das redes locais. O início do ano letivo de 2021 se dará conjuntamente e está marcado para o dia 1º de fevereiro.
Depois de analisar o potencial de atendimento e o número de vagas disponíveis em todas as escolas da rede pública de Lucas do Rio Verde, a Comissão fez um ordenamento por zoneamento de matrículas para que o aluno estude na escola mais próxima de sua residência. A reunião teve a participação de representantes da Secretaria Municipal de Educação, da Assessoria Pedagógica da rede estadual, do Conselho Municipal de Educação, de gestores e de conselhos das redes estadual e municipal de educação e do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público do Estado de Mato Grosso (Sintep-MT).
No âmbito estadual, a expectativa é de que a Escola Tarsila do Amaral, em fase final de construção no Loteamento Dalmaso, fique pronta para uso e seja entregue totalmente mobiliada já para o começo do próximo ano letivo. Outra questão de urgência apontada pela comissão, e que, como a anterior, também será levada ao conhecimento da Secretaria de Estado de Educação, diz respeito à necessidade de construção de mais uma escola estadual no bairro Vida Nova.
No plano municipal, segundo a secretária de Educação, Cleusa Marchezan De Marco, além das ampliações e das novas unidades construídas ao longo dos últimos quatro anos, que permitiram a criação de mais de 100 novas salas de aula, a Escola Cora Coralina, em construção no bairro Jaime Seiti Fujii, com atendimento integral do 1º ao 5º ano, deverá ser entregue ainda em 2020. Para o primeiro semestre de 2021, está previsto o término do CEI Darcy Ribeiro, em construção no Parque das Emas, e, no segundo semestre, do CEI Irmã Dulce, em construção no bairro Jaime Seiti Fujii, totalizando mais 900 vagas de zero a cinco anos.
O planejamento ainda prevê ampliações na Escola Menino Deus, no bairro de mesmo nome, e nas creches Anjo da Guarda, no Tessele Júnior, e Irmãs Carmelitas de Vedruna, no bairro Rio Verde, totalizando 13 novas salas de aula. Os projetos de ampliação já estão prontos e aprovados, faltando apenas o encaminhamento da licitação para construir.
“Vamos entregar a Cora Coralina, que vai atender com capacidade máxima no ano que vem e em tempo integral, projetamos o atendimento de 26 turmas, ela já está atendendo parcialmente este ano. A Escola Cecília Meireles também vai passar a atender em período integral até o terceiro ano a partir de 2021 e encerrará o atendimento dos anos finais, ficando somente até o sétimo ano, pois estamos fazendo lá o reordenamento gradativo para que as crianças a partir do oitavo e do nono ano passem a estudar na Tarsila do Amaral”, destaca.
A partir deste ano, as matrículas e rematrículas na rede municipal serão feitas totalmente online, uma iniciativa que já havia sido parcialmente implantada em 2019 e que agora se estende para a totalidade do processo. Outra novidade, já em andamento, é a criação da Central de Vagas, criada especificamente para dar mais transparência e agilidade ao atendimento das demandas do setor, que, em 2020, contou com mais de 11.300 estudantes matriculados. O número de matriculados para o próximo ano já chega a 12.369, um crescimento de quase 10%.
“Com a Central, vamos agilizar e dar maior transparência ao processo de busca de vagas e monitorar o atendimento da demanda manifesta para que todos os estudantes sejam matriculados e não tenhamos nenhuma fila ou lista de espera. Ou seja, vamos zerar a nossa lista de espera específica da creche de 2020 e vamos entregar a nossa gestão sem fila de espera de matrícula”, observa a secretária.
Primeiramente, a Secretaria Municipal de Educação fez uma campanha para que todos os pais providenciassem o Cadastro de Pessoa Física (CPF) dos filhos para evitar duplicidade cadastral no momento da matrícula e atualizou os cadastros de endereço das famílias para ter um mapeamento completo antes de ser feita a distribuição das vagas conforme o zoneamento e o endereço das crianças que precisam ser matriculadas nas escolas. “A Secretaria criou uma ferramenta para identificar onde estão localizadas as residências dos nossos estudantes e fizemos um planejamento para que, na medida do possível, cada um possa estudar na escola mais próxima de sua casa”, declara.