Levantamento da FGV coloca Lucas do Rio Verde entre as 60 cidades do país com maior média de renda

Estudo feito para identificar o Mapa da Nova Pobreza no país e tem como base o ano de 2020

Fonte: CenárioMT

pref lrv 3

Um levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas revelou como está o rendimento médio dos brasileiros. A pesquisa foi feita unindo a base de informações do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) a da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – a chamada Pnad Contínua.

Os números revelaram que Lucas do Rio Verde está entre as 60 cidades do país com melhor média de renda (R$ 2.091). O município mato-grossense está na 51ª do ranking elaborado pela FGV. A cidade com maior renda média é Nova Lima, Minas Gerais. A renda média dos mineiros de Nova Lima é de R$ 8.897.

A nível de Mato Grosso, Lucas do Rio Verde é a 5ª cidade com melhor média de renda por habitante. Está atrás de Primavera do Leste (R$ 2.776), Sapezal (R$ 2.719), Sorriso (R$ 2.631) e  Cuiabá (R$ 2.428).

As demais cidades que compõem o grupo de 10 cidades com melhor média de renda são Querência (R$ 1.923), Campo Novo do Parecis (R$ 1.917), Campos de Júlio (R$ 1.846), Campo Verde (R$ 1.756) e Sinop (R$ 1.720).

Renda menor

A pesquisa apurou ainda as cidades com menor renda per capita em Mato Grosso. A que tem menor renda entre seus moradores é Barão de Melgaço (R$ 201). Compõem esse ranking as cidades de Rondolândia (R$ 265), Cotriguaçu (R$ 271), Nossa Senhora do Livramento (R$ 277) e Colniza (R$ 278).

A lista das dez cidades com menor renda é composta ainda por Santa Terezinha (R$ 289), Juruena (R$ 292), Alto Paraguai (R$ 314), Reserva do Cabaçal (R$ 317) e Canabrava do Norte (R$ 321).

Mapa da Nova Pobreza

O estudo feito pela FGV serviu para mapear a renda dos municípios. De acordo com o levantamento, o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 497 mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021. Isso representa 29,6% da população total do país. Em dois anos (2019 a 2021), 9,6 milhões de pessoas tiveram sua renda comprometida e ingressaram no grupo de brasileiros que vivem em situação de pobreza.

“A pobreza nunca esteve tão alta no Brasil quanto em 2021, desde o começo da série histórica da PNADC em 2012, perfazendo uma década perdida. Demonstramos neste trabalho que 2021 é ponto de máxima pobreza dessas séries anuais para uma variedade de coletas amostrais, conceitos de renda, indicadores e linhas de pobreza testados”, destaca o economista Marcelo Neri, diretor do FGV Social.

O objetivo da pesquisa é avaliar o nível e a evolução espacial da pobreza durante os últimos anos no Brasil, usando os microdados da PNAD Continua Anual, recém disponibilizados pelo IBGE. O FGV Social explorou, inicialmente, o cenário básico dos grandes números da pobreza nacional. Após essa primeira análise, o estudo fez a espacialização destes números em Unidades da Federação e estratos geográficos, que constitui a principal contribuição do levantamento. Na etapa final, foi fornecida uma visão de prazo mais longo conectando com resultados anteriores.

Extremos

A Unidade da Federação com menor taxa de pobreza em 2021 foi Santa Catarina (10,16%). No extremo oposto está o Maranhão, com a maior proporção de pobres (57,90%). Na análise do FGV Social, o Brasil foi dividido em 146 estratos espaciais: aquele com maior pobreza em 2021 é o Litoral e Baixada Maranhense, com 72,59% de habitantes nesta situação. Já Florianópolis concentra a menor população pobre do país, com 5,7%. Trata-se de uma relação de 12,7 para um, refletindo a conhecida desigualdade geográfica brasileira.

Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso.