Foi detido no final da manhã deste domingo (24) o autor do atentado cometido ontem à noite contra a Polícia Civil em Lucas do Rio Verde. Na ocasião, o jovem de 22 anos acabou ateando fogo numa viatura que estava estacionada em enfrente a Delegacia Municipal. Bombeiros contiveram as chamas, mas não impediram que o fogo consumisse o veículo.
Após o crime, policiais civis de Lucas do Rio Verde, com reforço encaminhado pela Polícia Regional, passaram a investigar o crime. A principal linha de investigação foi uma postagem feita pelo jovem em redes sociais. Ele assumiu a autoria do atentado. Ao alegar ser usuário de drogas como meio para conter crises de ansiedade, o rapaz justificou o crime como vingança pelo comportamento de um policial militar.
“Iremos interrogá-lo. Ele faz algumas afirmações, algo relacionado a abuso de autoridade. Se isso ocorreu ou não, este fato que ele fez é lamentável. Deveria procurar as vias legais”, declarou o delegado Marcelo Maidame, citando que o rapaz é maior de idade e deve ter a prisão preventiva pedida pela Polícia Civil junto à Justiça. “Face à gravidade do ato que ele fez”, reforçou o delegado, acrescentando que o prédio da Polícia Civil ficou sob risco de ser incendiado em razão da proximidade com a viatura em chamas.
Ao chegar à Delegacia, o rapaz chorou, mas não falou com a imprensa.
Investigações prosseguem
O investigador João Cleberson informou que o acusado confessou o crime e, embora tenha se entregado, responderá pelos atos. Ele cita que atos como esse tendem a deixar os policiais ainda mais atentos e prontos para combater atos criminais. “Vamos continuar as diligências hoje e segue nos próximos dias. Criminosos falando, ovacionando porque aconteceu isso com a Polícia. Isso não é apenas contra a instituição, mas contra o Estado, a Polícia Civil aqui representa o Estado de Mato Grosso”, pontuou.
Embora tenha apresentado versão de que a motivação teria sido provocada por suposto abuso de autoridade, as investigações prosseguem para averiguar se há envolvimento ou incentivo de facções criminosas em razão de prisões e apreensões de entorpecentes.
Segundo a Polícia Civil, a viatura incendiada era nova, recém-entregue ao município e tinha menos de 1 mil quilômetros. “Tínhamos três viaturas, agora ficamos com duas. E as razões que ele indicou para praticar o crime não tem justificativa”, observou o delegado Eugenio Rudy Junior, que enalteceu o empenho da equipe de policiais envolvidos na investigação e que culminou na detenção do acusado.