Lucas do Rio Verde realizou, neste sábado (20), no Hospital São Lucas, as primeiras cirurgias bariátricas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento faz parte do contrato de gestão firmado entre a Prefeitura e a Fundação Luverdense de Saúde.
A necessidade desse tipo de operação surgiu devido à grande fila de espera junto à Central de Regulação do Estado e a baixa oferta pelo SUS no Mato Grosso.
Além de Lucas do Rio Verde, os outros municípios que também fazem parte da Região de Saúde Teles Pires terão acesso ao procedimento, por meio de recursos do Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF-MT) – conforme a Lei nº 10.709, alterada pela Lei nº 11.135, e assim encaminharão seus pacientes para o Hospital São Lucas.
O valor começou a ser repassado ao Fundo Municipal de Saúde no início de 2020 e, até então, não havia sido realizado nenhum projeto para aplicação do recurso.
Sábado foi o dia da realização de duas gastroplastias com derivação intestinal, isto é, cirurgias bariátricas, sendo um paciente de Lucas do Rio Verde e outro do município de Santa Rita do Trivelato.
De acordo com a equipe cirúrgica, formada pelos médicos Eduardo Martucci, Rodrigo Cruz e Fábio Yonamine, as operações foram realizadas com sucesso e os pacientes passam bem.
“A partir de agora, pacientes que antes aguardavam em fila de espera há mais de quatro anos, já estão sendo encaminhados para as avaliações e exames necessários, e assim, caso indicado, encaminhados para realizar o procedimento. É mais um passo na busca por ofertar serviços de qualidade, com respeito ao cidadão. É uma grande conquista para a nossa sociedade”, afirma a titular da pasta de Saúde, a médica Fernanda Heldt Ventura.
A Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde destaca que a obesidade impacta nos diferentes contextos incluídos na definição de saúde, já que pode desencadear várias doenças graves, como problemas cardíacos, diabetes, problemas articulares, tromboses, infertilidade e câncer – podendo levar a perda de até 10 anos de expectativa de vida. Além disso, e, por muitas vezes, a consequência mais grave é o impacto na redução da qualidade de vida e nas dificuldades encontradas nas relações psicoafetivas. Ressalta ainda que, para poder ofertar este serviço, ampliou a equipe multiprofissional, com destaque aos profissionais de psicologia e nutricão, pois este grupo de pacientes necessita ser acompanhado por estes profissionais antes e após o procedimento e são tão importantes quanto para o tratamento da obesidade.
“Poder ofertar no SUS um tratamento que permite devolver expectativa de vida aos nossos pacientes é muito importante. A obesidade grave aumenta o risco de problemas cardiovasculares, diminuindo a expectativa de vida dos pacientes, então, não é uma cirurgia estética, mas sim um procedimento que envolve saúde e qualidade de vida”, destacou a secretária adjunta de Saúde do município, Karina Xavier.