Fiscais e agentes do Indea participam de treinamento de três dias sobre Sanidade Vegetal focada na erradicação do Amaranthus palmeri, uma erva daninha de difícil controle. A capacitação foi realizada de 1º a 3 de dezembro, no auditório Licínio Monteiro, na Assembleia Legislativa.
O treinamento é fruto de parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que está alerta com o risco da praga se tornar endêmica no país. Quando há foco da erva daninha na propriedade, a destruição tem que ser mecânica ou com uso de outros herbicidas.
A praga quarentenária está presente em Mato Grosso e é resistente aos principais herbicidas como glifosato e inibidores de ALS. O início do foco em Mato Grosso em 2015, com a importação de maquinários dos Estados Unidos que tinham a erva daninha e as colheitadeiras passaram os talhões que estavam contaminados. Um dos primeiros registros foi no município de Ipiranga do Norte.
Conforme a coordenadora de Defesa de Sanidade Vegetal, Silvana da Silva Amaral, a instituição aproveitou que os 103 fiscais e técnicos estavam em Cuiabá, para abordar no curso assuntos que merecem a atualização dos profissionais.
Para o fiscal da Regional de Lucas do Rio Verde, Waldemir Batista da Silva, o treinamento foi importante para a padronização das ações dos servidores que estão em campo.
“Teve foco em todas as áreas que nós atendemos: sementes, agrotóxicos, pragas quarentenárias, dentre outros tópicos. Serviu também para uniformizar as ações, então os fiscais vão atuar da mesma forma em todas as unidades do Estado, com mais qualidade nas atividades”.
Lotado em Jangada, o agente fiscal Cássio Mesacasa comentou que o treinamento é fundamental para nivelar ações dentro da defesa agropecuária. “Esse conhecimento nos ajuda a melhorar as ações diárias e com isso vamos oferecer um melhor trabalho a sociedade”.
O evento teve como palestrantes pesquisadores da Embrapa, Universidade de Brasília, Ministério da Agricultura, Instituto Mato-grossense do Algodão (IMA) e do próprio Indea.
Também foram tratados temas como: as alterações da Legislação Federal e seus impactos nas ações da defesa sanitária vegetal do Estado na fiscalização de sementes e mudas, gestão de agrotóxicos, prevenção e controle de pragas de importância econômica, esclarecimentos jurídicos quanto aos processos administrativos com auto de infração, além de treinamentos sobre para identificar doenças como Moko, Mal do Panamá e Monilíase do cacaueiro.