Em sessão ‘quente’, vereadores aprovam RGA para profissionais da educação luverdense

Projeto foi colocado em votação na quarta-feira, mas recebeu pedido de vistas após proposta de emenda considerada inconstitucional

Fonte: CenárioMT

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Grupo de professores acompanhou a sessão extraordinária deste sábado (13.03) (Foto: CenárioMT)

A Câmara de Lucas do Rio Verde aprovou agora a pouco projeto que concede RGA de 12,87% para profissionais da educação da rede municipal. A sessão extraordinária aconteceu na tarde deste sábado (12).

Vários profissionais da educação acompanharam a sessão. Eles presenciaram alguns momentos tensos entre vereadores com acusações e até ofensas pessoais.

Apesar da polêmica e do clima pouco amistoso, o projeto foi aprovado por unanimidade. Como a categoria havia discutido em assembleia, o índice apresentado foi acatado. Contudo, houve definição de estado de greve pela categoria.

“Permanecemos em estado de greve. O estado de greve não porque a gente é contra os 12,87%. Nós somos favoráveis ao índice. Porém a categoria deliberou com descontentamento e decretou estado de greve pra que em junho a gente retome as negociações como ficou falado, está escrito, está oficializado essa situação”, ponderou a presidente do Sintep, Tânia Jorra.

Prazo para votação

A necessidade de agilidade na votação do projeto deve-se a acrescentar o índice em folha complementar até o próximo dia 15, terça-feira. Com o projeto da RGA votado e aprovado, o município poderá dar o encaminhamento para garantir o pagamento do índice.

O presidente da Câmara, Daltro Figur, lembrou que o projeto foi colocado em votação na quarta-feira, 09. Porém, acabou recebendo vista após apresentação de uma emenda considerada inconstitucional. “Às vezes as pessoas não participam da discussão, assim como o sindicato discutiu muito com o Executivo pra chegar nesse valor que foi proposto. Estava tudo acertado. Infelizmente uma proposta de emenda, que até inconstitucional era, acabou gerando esse atraso”, declarou.

Figur disse que é necessário valorizar o sindicato, por representar toda uma categoria. Ele lembra que o índice aprovado por unanimidade pelos vereadores foi definido entre sindicato e Executivo e depois foi aprovado pelos profissionais da educação. “Temos que ter o cuidado que quando uma categoria decide alguma coisa, nós não irmos lá e desfazer tudo que aquela categoria representa”, destacou. Foi uma sessão tensa, mas não precisaria chegar a esse ponto”.

Discurso ofensivo

Durante os debates do projeto houve discursos considerados ofensivos pelo público. Questionado sobre eventual advertência a vereadores que fizerem ofensas pessoais, Daltro Figur disse não ser necessário.

“Eu acho que o vereador tem todas as prerrogativas, tem os seus direitos, seus deveres. Mas é por aí que se conhece o cidadão. Eu acho que as pessoas, a gente tem que conquistá-las pelo convencimento e não pelo grito”, criticou Daltro, citando que figuras públicas estão sujeitas à julgamento por suas posturas e comportamentos. “Isso não é saudável, eu não ajo dessa maneira. Eu tenho muitas responsabilidades, mas jamais eu teria coragem de levantar a voz pra um pra um colega de bancada. Porque nosso o nosso cargo é passageiro, daqui quatro anos nós estamos fora disso aqui e a vida continua”, conclui.

Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso.