O ministro de Infraestrutura do Brasil, Tarcísio Freitas, voltou a fazer referência a Lucas do Rio Verde sobre investimento em ferrovia. Freitas prestigiou nesta segunda-feira (12) em Contagem, a entrega oficial da 500ª locomotiva de corrente alternada (AC44) produzida no Brasil.
No discurso, o ministro destacou a importância das ferrovias para o desenvolvimento do país. Em determinado momento, Freitas mencionou Lucas do Rio Verde e a previsão do município receber três ferrovias. “A primeira autorização que nós vamos dar será da extensão da Ferronorte, de Rondonópolis a Lucas do Rio Verde. A agência já está informada disso, nós já colocamos isso como prioridade”, anunciou o ministro.
“Eu imagino que Lucas do Rio Verde será o grande entroncamento ferroviário do Brasil, de onde vai nascer a Ferrogrão, chegando até Miritituba, a Ferronorte, passando depois por Rondonópolis até Aparecida do Tabuado, onde ela se liga à malha paulista, e a Fico, que vai começar em Lucas do Rio Verde e vai terminar lá em Ilhéus”, completou.
Balanço
Ao fazer um balanço dos investimentos realizados no transporte ferroviário pelo Governo Federal nos últimos dois anos e meio, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que o acréscimo de oferta será transformado em ganho de produtividade e de eficiência, em redução de custos e em mais investimentos e emprego.
“Nossa missão aqui hoje é plantar para o Brasil colher, fazer com que mais ferrovias nasçam, mais locomotivas apareçam, mais empresas entreguem e invistam. Não vai parar na 500ª locomotiva, muito em breve virá a 1.000ª. A indústria ferroviária está ressurgindo porque nós resolvemos apostar em ferrovias”, destaca. “Essa [locomotiva] muito em breve estará na ferrovia Norte-Sul, puxando grãos de Rio Verde ao Porto de Santos, e a gente fica muito feliz de ver isso”, ressalta o ministro.
Reequilíbrio do Transporte
“Com a participação da iniciativa privada, estamos avançando em nosso programa de investimentos para balancear a matriz de transportes, o que resultará em redução dos custos de transporte e nos dará mais competitividade “, afirma. “Neste desafio de reequilibrar a matriz do transporte estamos indo bem. Estamos plantando e quem vai colher será o Brasil. [O modal ferroviário] Vai pular de 15 para 36% da matriz de transporte até 2035. Se tivermos ferrovias autorizadas, chegará a 40%”, projeta o ministro.
O Ministério da Infraestrutura (MInfra) já assegurou mais de R$ 31 bilhões de investimentos contratados para as ferrovias brasileiras. Os recursos serão utilizados na ampliação da malha ferroviária do país. Conforme o titular da Infraestrutura, há investimentos em andamento nas ferrovias Norte-Sul, Malha Paulista e de Integração Oeste-Leste (FIOL), entre Ilhéus e Caetité, na Bahia – esse trecho teve a concessão leiloada no primeiro semestre do ano. Em Goiás, começará em breve a construção do lado oeste, com a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico): o Ibama já concedeu nova licença de instalação para as obras, a serem realizadas pela Vale S/A e a Valec, possivelmente a partir de agosto.