Duas mortes com resultado positivo para dengue foram registradas em Lucas do Rio Verde (MT), desde o início do ano de 2022.
A informação foi confirmada pela supervisora da Vigilância em Saúde, enfermeira Claudia Regina Engelmann, durante entrevista a Radio Alternativa FM, na manhã desta terça-feira, 21 de junho.
Os óbitos são referentes a duas pacientes, que tiveram quadro clínico agravado após serem contaminadas pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
O primeiro óbito ocorreu em janeiro, quando uma gestante que já apresentava complicações de saúde, faleceu com resultado positivo para dengue.
O segundo óbito aconteceu em abril, quando uma idosa também apresentou resultado positivo para a doença.
De acordo com Engelmann, as coletas de exames foram encaminhadas para o Laboratório Central, o Lacen, em Cuiabá, onde foram feitos novos exames, confirmando os resultados.
“Tivemos diversas internações nesses primeiros seis meses do ano e tivemos dois óbitos. Não temos uma vacina disponível pelo SUS eficaz contra a dengue, e sendo assim, precisamos da conscientização da população para combatermos o mosquito, pois neste ano os registros são muitos”.
“Nesses primeiros seis meses do ano tivemos 2.980 notificações de casos suspeitos de dengue, porém, nas últimas três semanas estamos observando a diminuição nessas notificações. Isso se deve ao fato de as chuvas terem diminuído”, comentou a enfermeira.
Na última semana (entre os dias 12 a 18) foram apenas 13 notificações de casos suspeitos.
Porém, os números de casos confirmados chegam a 2.500, desde o inicio do ano. O número é o maior dos últimos três anos, uma vez que, durante o ano todo, em 2019 foram registrados 516 casos notificados; em 2020 foram 1.736 casos notificados de janeiro a dezembro; e no ano de 2021 o número é de 344 casos notificados.
Os bairros que apresentaram os maiores casos de notificados de dengue foram: Bandeirantes, Rio Verde, Jardim Primavera, Tessele Júnior e Parque das Américas.
Mesmo estando no período de estiagem, o cenário continua de atenção por parte dos moradores, reforça Claudia Engelmann.
“O cuidado inicia dentro de casa, por todos nós, se atentar nos possíveis focos, e precisamos da colaboração da população na vistoria dos seus domicílios, terrenos, em tudo que possa acumular água, como calhas, pneus, vasos de plantas, lonas. São locais em que o mosquito se prolifera e carrega o vírus da dengue, e a maioria dos focos encontrados é nos domicílios. Também orientamos para procurar ajuda quando tiver sintomas”, pontua.
Denúncias sobre possíveis focos de dengue podem ser feitas pelo número (65) 3548-2508.
Medidas preventivas – O trabalho de rotina dos agentes é visitar domicílios, eliminar focos e remover reservatórios, com a ajuda do morador. Em casos notificados e confirmados de dengue, os agentes ainda realizam o bloqueio de transmissão com a bomba costal motorizada.
Principais criadouros – O lixo doméstico ainda é um dos principais focos do Aedes nas residências. Em seguida, depósitos móveis (vasos, frascos, pratos, pingadeiras e bebedouros); depois vem pneus e outros materiais rodantes, depósitos como barril, tanque e poços, entre outros.
Dicas de prevenção – Para reduzir a incidência da doença, a população deve ser consciente e contribuir eliminando água parada, tampando tambores, poços, cisternas e reservatórios de água e colocando areia fina na borda dos recipientes com plantas e bebedouros de animais de estimação. Também é preciso se atentar para os suspiros das fossas para que não fiquem abertos, tampando com tela ou uma meia velha.
Sintomas das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti:
Dengue – febre alta, dor de cabeça, dor muscular, dor ao movimentar os olhos e manchas vermelhas pelo corpo.
Chikungunya – febre alta, dores no corpo, dores intensas e inflamações nas articulações.
Zika – vermelhidão e coceira em todo o corpo, febre baixa, olhos vermelhos sem secreção, dores nas articulações.