Com o fim do vazio sanitário da soja, produtores mato-grossenses iniciam o plantio da safra 2022/23. O trabalho começa com duas preocupações: o clima e os custos de produção.
Em algumas regiões o plantio começou. Em Lucas do Rio Verde, na região médio norte de Mato Grosso, fazendas que contam com sistema de irrigação por pivô já iniciaram a semeadura. As áreas que não contam com esse dispositivo o plantio só iniciarão quando as chuvas começarem.
Dados da Aproclima, um serviço de meteorologia disponibilizado pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso), indicam a possibilidade de chuvas nos próximos dias. “Estimativa de média acumulada de 46 mm para os próximos 15 dias e de 75 mm a 100 mm para os próximos 30 dias”, comentou o presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, Marcelo Lupatini.
Área plantada
A área plantada deve aumentar em comparação a safra passada. Os produtores preveem ocupar 236.506 hectares com soja, aumento de 0,45%. O milho segunda safra vai ocupar 154.531 hectares, 0,50% a mais que o plantado na safra 2021/22.
Em Mato Grosso a safra ocupará 11,81 milhões de hectares. O Estado é líder em produção de soja no Brasil.
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta para o ciclo 2022/23 produção de 41,51 milhões de toneladas, 1,62% acima da safra passada.
Em termo de produtividade, a expectativa é alcançar média de 58,58 sacas por hectare.
Aumento de custos
A outra preocupação do produtor é relacionada ao aumento nos custos da safra 2022/23. Os gastos com insumos estão entre 40% a 70% maiores que safra anterior.
Pra driblar essa dificuldade, os produtores vão buscar algumas alternativas. Uma delas é reduzir quantidade de fertilizante por hectare.
Outra opção é o controle biológico de pragas por meio de insumos biológicos ou bioinsumos. Esta semana, produtores participaram de um treinamento promovido pela Aprosoja-MT. Eles puderam conhecer técnicas e práticas que ajudam melhorar a produção.