A Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria de Saúde, realizará o Curso de Manejo do Trauma voltado para profissionais de saúde. O evento acontecerá em dois módulos, nos dias 03 e 10 de agosto, das 19h às 22h, no Auditório dos Pioneiros no Paço Municipal. As inscrições encerraram nesta segunda-feira (01) e além do munícipio luverdense, as cidades de Sinop, Sorriso, União do Sul e Nova Ubiratã confirmaram presença.
O manejo do trauma é um curso baseado no Suporte Avançado ao Trauma, que é um protocolo criado pelo Colégio Americano de Cirurgiões que otimiza o atendimento ao trauma e comprovadamente diminui mortalidade. O curso conta com aulas teóricas e, dentre as atividades, estão palestras sobre o manejo de via aérea, trauma de tórax, trauma de crânio e trauma medular.
De acordo com a neurocirurgiã, com atuação em traumas de crânio e coluna, Catarine Ottobeli, atualmente 60% das cirurgias do Hospital São Lucas são de urgência. “Quando idealizamos esse projeto, o nosso objetivo foi a demanda de trauma e a capacitação dos médicos, além de promover a interação entre os profissionais da área, a padronização de condutas e melhorias no atendimento das emergências de trauma”, pontua.
Outra idealizadora do curso é a cirurgiã geral, Luanna Itacaramby, que atua no Hospital Regional de Sorriso e Hospital São Lucas. Duplamente certificada em Suporte Avançado de Vida no Trauma (ATLS), pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões e American College of Surgeons Committee on Trauma, tendo sido monitora do curso.
De acordo com médica, o trauma é a principal causa de óbito em pessoas de 1 a 44 anos. Além disso, é a condição que mais traz morbidade, condição que o indivíduo fica após ao trauma não conseguindo atuar em suas atividades laborais. O trauma (violência, acidentes automobilísticos, queimaduras, quedas de alturas etc.) é a condição que mais mata crianças a partir de um ano, adolescentes e adultos jovens; e quando não mata, tem um potencial de sequela para o resto da vida.
“Nosso objetivo com o curso é tentar otimizar ainda mais a visão do médico quanto a esse atendimento na emergência, já que esses pacientes são tão comuns durante os plantões do pronto socorro. Para que o profissional esteja ainda mais capacitado para fazer tudo que está ao seu alcance, a fim de deixar o indivíduo pronto para ser reabilitado à sociedade com vida, e capaz de ser produtivo”, finaliza Luana Itacaramby.