A Comissão Processante instalada pela Câmara de Lucas do Rio Verde ouviu o vereador Marcos Paulista, acusado de quebra de decoro parlamentar. O vereador do PTB já havia sido ouvido pela CP na última semana. Porém, ele foi reconvocado após reclamação da vereadora Ideiva Foletto, autora da denúncia.
O depoimento de Paulista desta quinta-feira (05) demorou cerca de meia hora. Ideiva, o vereador Cassiano Souza e servidores do Poder Legislativo acompanharam a oitiva, realizada na sala de reuniões. Eles viram o petebista ser questionado se tinha algo contra a vereadora e explicar o que quis insinuar ao chamar Ideiva de hiena, oportunista e porque disse que a colega de plenário queria levar vantagem.
Paulista alega que foi mal interpretado e que ficou alterado durante discussões sobre a RGA dos profissionais de educação. Além disso, o vereador disse que o estado de saúde influenciou em seu comportamento.
“O debate tomou proporção grande e eu deferi palavras no calor dos acontecimentos que eu não tiro o direito da vereadora e ela levou pra uma outra interpretação, mas nessa comissão eu esclareci o que eu disse ali”, declarou, citando que seu histórico de vida mostram que se preocupa com a defesa da mulher. Entre as ações estão projetos de combate ao feminicídio e em apoio a vítimas de violência doméstica. Este segundo projeto foi rejeitado.
Prazos
Após ouvir os vereadores, a Comissão Processante espera, por escrito, a defesa do vereador Marcos Paulista. São cinco dias para que o documento seja recebido e, com base nele e nos depoimentos, a comissão elabore o relatório que será encaminhado à Mesa Diretora da Câmara Municipal.
“Estamos trabalhando em conjunto, eu e os vereadores Urso e Zinho. Todas as nossas ações são feitas em conjunto, de modo que não tenha nenhum ato de ilegalidade. Em breve vamos apresentar o relatório”, assinalou o presidente da Comissão Processante, Márcio Albieri. O relatório deve ser apresentado ainda neste mês.
Pressão
Durante a reunião, Albieri disse que a Comissão Processante não aceitará pressão. Ele ressaltou que os membros têm procurado ser isentos, sem beneficiar qualquer uma das partes em detrimento à outra.
“Não aceitamos qualquer tipo de interferência, pressão de quem quer que seja. Falsas acusações que foram impetradas nesses dias em entrevista de que a comissão estava defendendo um e preterindo o outro e ferrando com o outro. Isso não existe de jeito nenhum. Nós temos um nome a zelar”, declarou Albieri, citando que nenhum dos membros tem atuado à vontade, já que foram designados a compor a Comissão Processante por meio de sorteio. “Nenhum de nós gostaríamos de estar aqui”, ressaltou.