Levantamento feito pelo Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde indica que cerca de 60% da área de soja plantada foi colhida. Apesar da chuva dos últimos dias, o clima não foi o principal responsável pelo avanço tímido da colheita.
Segundo o presidente do Sindicato Rural, Marcelo Lupatini, o problema maior é relacionado a logística. “O clima está ajudando. O maior problema são as filas nos armazéns”, disse.
Lupatini acredita que nas próximas duas semanas índice chegue próximo a 100%. O presidente disse que o tempo a mais no campo não deve representar um grande problema. “Um pouco, mas nada preocupante. O maior atraso é devido que os materiais que alongaram o ciclo”, acrescenta.
Em relação a praga identificada como anomalia das vagens, Lupatini disse que, diferente da safra anterior, não houve grande presença nas lavouras de Lucas do Rio Verde. “Esse ano está sendo tranquilo, porém há um ou outro caso isolado, principalmente nos materiais que foram plantados por último”, disse.
Produtividade
A projeção do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) é de produtividade recorde. O Instituto faz relatórios semanais sobre o comportamento da safra. O material divulgado nesta segunda-feira (06) informa a revisão da estimativa de rendimento da soja 22/23, apontando alta de 3,38% em relação ao último relatório.
A produtividade para o estado ficou projetada em 60,43 sc/ha, caracterizando um recorde. De acordo com o IMEA, as chuvas ocorridas no mês de dezembro último deram suporte para a recuperação de grande parte das lavouras que apresentavam estresse hídrico. Além disso, a manutenção das precipitações foi de extrema importância para a continuidade do desenvolvimento positivo da safra.
Entre as regiões, destaque para a médio-norte que apresentou o maior rendimento de 61,03 sacas/ha.
Plantio
O relatório do IMEA indica ainda que a semeadura do milho da safra 22-23 atingiu 16,41% da área total até a última sexta-feira (03/02).
O plantio está relativamente atrasado em comparação à safra anterior. Os produtores estão de olho no clima, já que a chamada janela ideal de plantio vai até 28 de fevereiro. Esse período é definido por conta das condições climáticas, pois, historicamente, o Estado começa a apresentar redução hídrica a partir de maio.