Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificar a nova variante do coronavírus “ômicron”, detectada inicialmente no Sul da África, como um risco global muito alto, nesta segunda-feira (29), a Prefeitura de Lucas do Rio Verde decidiu pela não realização de celebrações de Ano Novo na cidade, que seriam abertas ao grande público.
O foco é evitar aglomerações de pessoas diante da possibilidade de uma quarta e mais agressiva onda da doença, que vitimou mais de 600 mil brasileiros. Neste momento, o continente Europeu se tornou o mais novo epicentro da pandemia, com registros de casos da nova variante.
O Governo Federal estabeleceu a restrição de voos de seis países da África, a partir desta segunda-feira (29), sendo África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue, onde foram registrados casos da nova cepa.
A secretária de Saúde de Lucas do Rio Verde, dra. Fernanda Heldt Ventura, explica que, para a medida, o Município considerou o cenário atual mundial com a expansão do vírus por meio de uma nova cepa e que tem atingido principalmente populações com baixos índices vacinais.
“Os números da nossa vacinação estão muito bons, mas ainda precisam melhorar. Temos a previsão de uma terceira dose de reforço para a população. Em países que não possuem boa taxa de vacinação, a doença tem se alastrado. Temos que levar em consideração que as crianças abaixo de 12 anos, por exemplo, não têm liberação da vacina”, destacou a médica.
Por este motivo, o Município reforça o momento de intensificação dos cuidados, para evitar a possibilidade de disseminação da Covid. A secretária de Saúde aproveitou ainda para fazer um apelo para que a população se vacine, ressaltando a necessidade das duas doses do imunizante contra o vírus.
“Zelamos pelo bem-estar coletivo. Estamos reforçando a necessidade das medidas de segurança individual. Vimos que a incidência de casos da nova cepa está atingindo principalmente os não vacinados. Pedimos que a população não perca o foco da importância da vacinação. Ainda há uma população resistente, que não está se vacinando, e os índices de internação estão se mantendo às custas dessas pessoas não vacinadas”, pontuou Fernanda.
A decisão de não realizar celebrações de Ano Novo à população foi tomada em conjunto com outros municípios da região, como explica o secretário de Administração, Alan Togni. “A medida foi tomada pelo impacto que está ocorrendo fora do país sobre a quarta onda. É um método 100% preventivo, pois lá atrás aconteceu da mesma forma, quando a nova cepa veio de fora para dentro, mas já era tarde”, disse o chefe da pasta.
A Prefeitura destaca ainda que o contexto da saúde será também avaliado para a realização de eventos no período de Carnaval.
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