Com o objetivo de intensificar ações e promover a sensibilização da população geral em relação ao HIV, sífilis e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), a Secretaria da Saúde de Lucas do Rio Verde inicia a programação da Campanha Dezembro Vermelho, com testagem rápida e orientações nos PSFs.
Os testes rápidos são simples. É coletado sangue da ponta do dedo e o resultado fica pronto entre 15 e 20 minutos, servindo para diagnosticar casos de HIV, sífilis e hepatites B e C.
De acordo com a secretária municipal de Saúde, a médica Fernanda Heldt Ventura, o objetivo principal da campanha é ampliar o acesso ao diagnóstico precoce do HIV/AIDS e da sífilis para garantir uma melhor qualidade de vida à pessoa diagnosticada.
Outra intenção é reduzir o contágio do vírus, em especial a transmissão vertical, aquela que ocorre da mãe para o filho durante a gestação, parto e/ou amamentação.
No decorrer da campanha, também haverá distribuição de preservativos, informativos impressos e a realização de orientações referentes ao assunto.
Na programação ainda serão realizadas palestras, rodas de diálogo e ações itinerantes.
Como surgiu o Dezembro Vermelho?
Durante a terceira Conferência Internacional de AIDS em Washington, nos Estados Unidos, em 1987, 200 mil pessoas que viviam com o HIV foram ouvidas pela comunidade científica. Para elas, o silêncio era uma forma de violência.
Como não havia tratamento na década de 80, quem contraía o HIV morria em questão de meses ou anos. Esse período da história internacional e nacional ficou marcado pelo terror e incerteza decorrentes da epidemia de AIDS.
Um ano depois, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estipulou o dia 1º de dezembro como o Dia Mundial da AIDS. O objetivo era, sobretudo, combater a desinformação e o preconceito contra os soropositivos (indivíduos que possuem o vírus HIV em seu organismo).
O dezembro vermelho ganhou notoriedade somente em 1991 com a associação do laço vermelho à luta contra a AIDS. O projeto foi lançando pelo grupo de profissionais de arte Visual AIDS em Nova York.
Eles desejavam homenagear amigos, parentes e colegas que morreram devido à doença. Por isso, considera-se que quem usa o laço escolhe demonstrar abertamente a sua solidariedade aos pacientes de AIDS.