A campanha nacional de vacinação contra poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, foi encerrada oficialmente na última sexta-feira (30). Até a semana passada, 88% das crianças do público-alvo foram vacinadas em Lucas do Rio Verde, enquanto a meta do Ministério da Saúde é de 95%.
A vacina continua disponível nos PSFs conforme calendário da criança, assegura a supervisora da Vigilância em Saúde, Cláudia Regina Engelmann.
Lucas Mendes conseguiu levar a filha Heloísa, de 3 anos, para vacinar. “Ela estava com medo, mas me sinto um pai protetor por participar desse momento com minha filha, sem falar que receber a imunização contra a paralisia infantil salva a vida dela. A gente procura sempre seguir o calendário de vacinação direitinho para proteger os filhos. Isso faz com que doenças sejam evitadas”, informou o pai.
A campanha de vacinação iniciou no dia 8 de agosto, pelo Ministério da Saúde. A ação deveria ter sido encerrada no dia 9 de setembro, mas foi prorrogada até o dia 30 de setembro, resultado de um cenário de baixa procura pelo imunizante.
Os profissionais do SUS das unidades de Saúde reiteraram a baixa procura pelo imunizante nos últimos anos, ao encontro aos dados informados pelo MS e, que pode ser um reflexo da pandemia contra a Covid-19.
“Entendemos que falar de vacina ainda causa desconfianças na população, principalmente após uma pandemia, porém, foi uma campanha importante, pois as equipes vacinaram muitas crianças com carteira vacinal atrasada. Chamamos atenção dos pais que a vacina é um direito das crianças como afirma o Estatuto da Criança e do Adolescente, e cumprir esse direito exige responsabilidade tanto do poder público como da família”, ressalta Cláudia.
Quem também ficou feliz e aliviada com a aplicação da imunização foi a secretária adjunta de Saúde, Karina Meneghel, que levou o filho Francisco, de 4 anos. “Sabemos que a vacina é a única medida de prevenção, nossos filhos ficam assegurados da doença. A campanha realizada no município foi amplamente divulgada, buscando sensibilizar as famílias sobre a importância da vacina. Levar meu filho para vacinar é uma demonstração de amor e responsabilidade com a saúde”, pontua.
Conforme o Ministério da Saúde, o grupo-alvo da campanha são as mais de 14,3 milhões de crianças menores de cinco anos de idade. As crianças menores de 1 ano deverão ser imunizadas de acordo com a situação vacinal para o esquema primário. Já as crianças de 1 a 4 anos deverão tomar uma dose da Vacina Oral Poliomielite (VOP), desde que já tenham recebido as três doses de Vacina Inativada Poliomielite (VIP) do esquema básico.