Pais e responsáveis por alunos da rede pública de ensino de Lucas do Rio Verde estiveram presentes na Câmara Municipal, na noite desta sexta-feira (23), em uma reunião organizada pelo Conselho Tutelar para tratar sobre o tema evasão escolar.
O promotor do Ministério Público, Daniel Mariano, e a assessora pedagógica do Estado, Denise Dalberto, também participaram da reunião por meio de transmissão on-line, para auxiliar nos trabalhos de orientação aos pais.
“O conselho está aqui para ajudar, para orientar os pais sobre a vida dos seus filhos. É o nosso dever acolher, acompanhar essas crianças e adolescentes que podem estar em vulnerabilidade. O Conselho veio para somar.” A fala da conselheira e coordenadora do Conselho Tutelar, Klenia Muniz, resume qual o papel da instituição no trabalho realizado com crianças e adolescentes e desmistifica a ideia que muitos pais acabam tendo sobre a entidade.
A evasão escolar
Muito mais que ensinar e garantir formação, a escola tem um papel fundamental na vida das crianças e adolescentes. Frequentar o ambiente escolar garante a potencialização de vínculos sociais e o desenvolvimento de habilidades físicas e cognitivas.
Quando o aluno está na escola as chances de que ele se torne um agente social, com atuação em sua comunidade e grupo familiar, são muito maiores. Ser um agente social é entender e defender os interesses comuns de qualquer tipo, pensando no coletivo.
A evasão é caracterizada pelo momento em que o aluno deixa a escola e não volta mais para o sistema de ensino. Ou seja, a situação é permanente e ainda mais preocupante.
De acordo com Denise, há uma união entre os órgãos para garantir que as crianças e adolescentes tenham educação de qualidade. Por isso, em qualquer dificuldade, os pais podem recorrer às entidades em busca de orientação e até mesmo ajuda.
“Vamos juntos buscar soluções para que nossos alunos não fiquem fora da escola. Esse retorno é urgente e necessário”, apontou a assessora pedagógica do Estado, que aproveitou o momento para fazer um apelo: “Pais, mantenham o cadastro atualizado na escola. Se mudou de telefone, comuniquem a gestão da escola. Muitas vezes não conseguimos contato porque o telefone não estava atualizado”, disse Denise.
“Vejo que o nosso mutirão foi muito produtivo. Os pais escutaram as orientações não só do Conselho, mas do Ministério Público e da Assessoria Pedagógica. A criança tem o direito à educação e eles têm o dever da matrícula e do acompanhamento escolar”, finalizou a conselheira Simone Maria da Silva.