O presidente da Comissão Organizadora da Expolucas fez uma avaliação do evento realizado entre 3 a 7 de agosto, em comemoração aos 34 anos de Lucas do Rio Verde. Jaime Binsfeld falou sobre a necessidade de mudanças no formato do evento e criticou algumas publicações feitas durante a realização da exposição. A entrevista foi dada após a entrega dos prêmios sorteados durante a Expolucas.
Binsfeld disse que a expectativa de público ao longo do evento foi aquém do esperado em comparação ao último ano de realização da Expolucas, em 2019. Contudo, a comissão organizadora conseguiu suprir as receitas para compensar essa expectativa. “Acho que está muito forte de termos um equilíbrio entre receitas e despesas da Expolucas 2022”, informou.
Em relação ao modelo do evento, Jaime Binsfeld defende mudanças. Ele comentou que o assunto será discutido em breve. “Acho que a Expolucas já cumpriu a função dela. Tudo na vida é cíclico. E o modelo da forma como está concebida não se sustenta. É uma estrutura de altíssimo custo. Talvez seja uma das três melhores festas feitas em Mato Grosso, no contexto de estrutura, do que ela oferece em segurança”, assinalou.
Para Jaime, é necessário repensar uma alternativa. Ele pontua que a Expolucas só não gera prejuízos porque a comissão se envolve e busca compensar eventuais perdas. “Quando você uma avaliação que trabalha quase um ano, com a contratação de shows e tudo o que representa para um evento deste porte, a análise final é que não compensa”, explica.
O presidente lembrou que o fortalecimento do Show Safra, que privilegia a exposição técnica, mostra a necessidade de repensar o formato da Expolucas. Ele acredita que no atual formato, esta foi a última edição. “Se dependesse de mim, do Jaime, a Expolucas cumpriu a função dela. Vamos levar a discussão, vai ter mais opiniões, e vamos avaliar o que vai acontecer para o futuro”.
Críticas sem fundamento
Durante a entrevista, o presidente aproveitou para criticar publicações feitas a respeito do evento. Jaime Binsfeld lembra que os membros da comissão atuam de forma voluntária. “São coisas que a gente não precisa ouvir. Sabemos que a gente trabalha tanto pra por uma estrutura dessas de pé e as pessoas não têm o mínimo de entendimento, de acompanhamento, do quanto que demanda e das dificuldades para realizar uma festa desse tamanho”, pontuou.
Questionado sobre as críticas formuladas, Binsfeld argumentou ser favorável ao contraditório. Porém, ele acredita que para formular certas críticas as pessoas deveriam ter maior conhecimento a respeito.
“Sobre a questão do parque de diversões, a gente teve muita dificuldade. Tentamos trazer o Ita Park pra cá, mas não tinha agenda. Pra ter uma ideia, o dono do parque que montou em 2019, ligou pedindo pra localizar dois caminhões dele que tinham ficado em 2019 com os brinquedos em cima do caminhão. Como a gente vai contratar uma estrutura depois de dois anos parado e colocar a vidas das pessoas em risco”, explicou.
A opção pelo modelo inflável, que foi disponibilizado durante a Expolucas, foi para preservar a segurança do público.
“As pessoas não entendem isso, não sabem. Ao invés de vir buscar a informação, preferem levar pro lado de politização ou sei lá o quê”, reclamou.
Jaime concluiu dizendo que conversou com as pessoas, assim como os demais membros da comissão organizadora. “No contexto geral muito mais elogios do que críticas. E as críticas fazem parte do contexto. So não concordo com as criticas de pessoas que não entendem de que forma foi feito evento”, concluiu.
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