No encerramento de mais uma etapa do projeto de capoeira na Escola Cecília Meireles, em Lucas do Rio Verde, o Mestrando Anjo da Alcateia Capoeira celebrou os resultados alcançados com os alunos. O projeto, intitulado ‘Capoeira como Patrimônio Cultural e Imaterial: Aplicabilidade no Contexto Escolar’, foi aprovado pelo edital Paulo Gustavo e desenvolvido ao longo de três meses.
Na última sexta-feira (05) a equipe Alcateia Capoeira foi até o bairro Tessele Junior e realizou uma confraternização com alunos do projeto. Os participantes estavam caracterizados de caipiras e ganharam uma festa julina, típica desta época do ano. Teve até dança de quadrilha, que envolveu até alguns monitores do projeto.
Durante este período, os alunos participaram de aulas de confecção de instrumentos, aprenderam sobre a história da capoeira e assistiram a diversos vídeos para conhecer melhor essa arte. “Hoje é o dia da culminância desse projeto, um momento muito especial para todos nós”, afirmou Mestrando Anjo. Ele destacou que o apoio da Secretaria de Cultura foi crucial para a aquisição de instrumentos, materiais e uniformes, incentivando ainda mais as crianças a continuar praticando capoeira.
Impacto social e educacional
O coordenador do projeto, que iniciou sua jornada na capoeira através de um projeto social em 1995, em Nortelândia, ressalta a importância de fornecer uniformes e materiais para as crianças. “Eu sou fruto de um projeto social e sei o quanto um uniforme pode motivar uma criança. Isso é um grande incentivo para que elas continuem”, explicou. Desde 2018, ele desenvolve trabalhos sociais em Lucas do Rio Verde, e alguns de seus alunos já foram destaque internacionalmente, como campeões em campeonatos mundiais de capoeira na França.
O projeto atende crianças a partir de seis anos até os quinze anos, mas com a continuidade do projeto, novas turmas serão abertas para adolescentes e adultos. “Neste projeto, trabalhamos com a psicomotricidade, noção de espaço, ritmo, equilíbrio e lateralidade. A capoeira ajuda as crianças a desenvolverem essas habilidades e a levarem isso para a vida”, afirmou Anjo Alcateia.
Histórias de sucesso
Wiliane Hadassa Vitória de Moura Dias, de dez anos, é uma das alunas que participa do projeto. “Estou achando muito legal aprender capoeira, é muito bom porque você pode se defender e é muito divertido”, disse ela. Sua mãe, Sheila Cristina Vitória de Moura, também vê a transformação na filha. “Melhora o comportamento, ela está aprendendo e evoluindo. Estou muito feliz”, afirmou Sheila.
Expansão do projeto
Atualmente, o projeto atende 40 crianças na Escola Cecília Meireles, mas a expectativa é expandir para outras turmas e envolver mais a comunidade. “Vamos abrir novas turmas para adolescentes e adultos também poderem participar”, disse Anjo Alcateia. Ele acredita que o projeto pode formar não apenas atletas, mas cidadãos comprometidos com a cultura brasileira da capoeira.
O projeto de capoeira em Lucas do Rio Verde é um exemplo de como a cultura e a educação podem transformar vidas, oferecendo novas oportunidades e incentivando o desenvolvimento pessoal e comunitário.