Diversos golpes vêm fazendo vítimas em Lucas do Rio Verde e chamando a atenção das autoridades policiais. Diante disso, o delegado Eugênio Rudy se pronunciou a respeito dos fatos, durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (27).
De acordo com o delegado, nos últimos dias têm ocorrido golpes pela internet, envolvendo principalmente negociações de veículos.
“Um dos casos, por exemplo, a pessoa negociou um veículo com suposto vendedor de fora e acabou depositando uma parte do valor na esperança de que o carro fosse entregue em Lucas do Rio Verde, porém, isso não aconteceu. Com todo respeito, é muita inocência a pessoa acreditar que ao realizar um negócio à distância e que ao final vai receber alguma coisa em troca do valor depositado. Tem que ter um pouco mais de coerência e saber que, principalmente depois da pandemia, tem crescido demais esse tipo de golpe”, alertou o delegado.
Outro golpe que voltou a acontecer com frequência em Lucas do Rio Verde é do WhatsApp clonado.
“Chega até o celular da pessoa via SMS um código e o golpista ao ligar para a vítima, solicita esse número. Ao passar, o proprietário do celular perde completamente o controle do aplicativo e o golpista aproveita para enviar mensagens a seus contatos solicitando dinheiro. Esse golpe acontece também quando os golpistas usam empresas como a OLX, Banco do Brasil, por exemplo, e a pessoa passa o código pensando que se trata de funcionários de alguma empresa séria”.
O delegado orienta para que a população tenha muita cautela ao fazer qualquer tipo de negócio, principalmente às realizadas via internet.
“Não foi um, nem dois, foram inúmeros casos que aconteceram e isso acabou chamando a atenção da Polícia Judiciária Civil. São crimes difíceis de investigar, pois na maioria das vezes, quando há depósitos por parte da vítima, esses valores vão para conta em nome de terceiros. Por mais que possamos solicitar junto ao banco os dados cadastrais da conta, nem sempre os dados correspondem à pessoa que recebeu os valores”, afirmou Eugênio.
Outro golpe relatado pelo delegado foi quando uma vítima de Minas Gerais perdeu R$ 50 mil por crime aplicado por estelionatários de nossa região.
“Nós conseguimos recuperar R$ 25 mil, porém, a vítima já havia perdido esse valor considerável em uma negociação em que ela comprava um trator. São valores vultosos e as pessoas têm caído com frequência por não ter o cuidado se de fato existe uma negociação concreta”.
Ainda de acordo com as investigações, geralmente esses golpes são aplicados por presidiários ou pessoas ligadas a alguma facção criminosa, cujo objetivo é capitalizar esses grupos para a compra de armamentos e drogas.